quarta-feira, 22 de maio de 2013

002-15 África


ÁFRICA,  JAMAICA E CARIBE



Só... estamos entrando na chamada "música do Quarto Mundo", das chamadas Índias Ocidentais, onde as colonizações africana, inglesa e francesa resultaram em novos gêneros, ou melhor, em ritmos muito importantes como o calipso, o beguine e o reggae, o soca e derivados.

O calipso já existe desde cerca de 1900, surgindo na ilha de Trinidad, unindo ritmos africanos com melodias e danças da Venezuela, logo ali em baixo no mapa, havendo ainda influências inglesas, francesas e até irlandesas.

Na virada do século o idioma nacional já não era o dialeto local e sim o inglês. Um dos poucos ídolos locais a atingir notoriedade mundial é o cantor/compositor Lord Kitchener ("Kitch") (nasc. 1921), que chegou a ser um dos favoritos da Princesa Margaret da Inglaterra.


Outro grande nome do calipso é Harry Belafonte (nasc. 1927), nascido em Nova York, mas que morou cinco anos na Jamaica e, após tentar carreira como cantor pop, enveredou pelo folk em 1955 e emplacou de vez com "Banana Boat Day-O",


"Jamaica Farewell"


e outras. Com tanta divulgação, roqueiros brancos começaram a fazer seus próprios calipsos a partir da segunda metade dos anos 60, como "Ob-La-Di, Ob-La-Da" dos Beatles



 (algo a ver com "In The Land of Oo-Bla-Dee",  da grande pianista/compositora de jazz e blues Mary Lou Williams (1910/1981), gravada tanto por ela como pelo trompetista de jazz Dizzy Gillespie em 1949)


O beguine, vindo da Martinica no começo do século, pode ser ouvido em lugares tão diversos quanto "Begin The Beguine" de Cole Porter


 ou o arranjo dos Rolling Stones para "You Better Move On" de Arthur Alexander.



E na Jamaica, uma pequena Bahia logo abaixo de Cuba, consta que só em 1960 se conseguiu gravar r and b, e mesmo assim eram cópias pioradas de som de Nova Orleans, particularmente Fats Domino.


Não conseguindo reproduzir o r and b, os músicos jamaicanos acabaram criando ritmos novos, como o ska, bem puladinho (cujo nome imita o som da guitarra nesse ritmo) e primeiro ritmo jamaicano a fazer sucesso fora da Jamaica. Sucederam-se as variantes deste "r and b errado", como o rock steady, o toast (um avô do rap), o dup (pai do remix e onde, por economia, o lado B do compacto era simplesmente o lado A sem os vocais) e o reggae, surgido em 1968 e do qual falaremos nos anos 70. Oioioio...

No próximo post você verá America Latina ...



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