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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Shows internacionais Brasil 2016


Lista dos Eventos Mensais



FEVEREIRO


The Rolling Stones


A lendária banda inglesa The Rolling Stones volta ao país com a turnê 'América Latina Olé'. O grupo de Mick Jagger vai se apresentar no Rio de Janeiro no dia 20 de fevereiro, no Estádio do Maracanã, em São Paulo nos dias 24 e 27, no Estádio do Morumbi, e em Porto Alegre no dia 2 de março, no Estádio Beira-Rio. A turnê também passará por Buenos Aires, Montevidéu, Lima, Bogotá, Cidade do México.

Detalhes


Ingressos de R$ 130,00 a R$ 900,00


20/02/2016 - Estádio do Maracanã - Rio de Janeiro

HORÁRIOS:
16h00: Abertura dos portões
17h30 – 18h00: Doctor Pheabes
19h00 – 19h50: Ultraje a Rigor
21h30: Rolling Stones



24 e 27/02/2016 - Estádio do Morumbi - São Paulo

HORÁRIOS:
16h00: Abertura dos portões
19h00 – 19h50: Titãs
21h00: Rolling Stones



02/03/2016 - Estádio Beira-Rio - Porto Alegre
Além dos preços acima têm os ingressos de R$ 1.050,00 e R$ 1.500,00

HORÁRIOS:
16h00: Abertura dos portões
17h30 – 18h00: Doctor Pheabes
19h00 – 19h50: Cachorro Grande
21h: Rolling Stones


Maiores informações: Rolling Stones 2016



MARÇO


Olivia Newton-John


A cantora e atriz Olivia Newton-John, estrela de "Grease - Nos Tempo da Brilhantina" (1978), vem ao Brasil em 2016 para se apresentar em São Paulo (dia 3 de março, no Espaço das Américas) e no Rio de Janeiro (1º de março, no Theatro Municipal).

As vendas para o show de São Paulo têm início às 18h desta quinta (17), pelos sites ingresso rápido e poladian. Os ingressos custam entre R$ 90 e R$ 600.

A estrela britânica traz a turnê "Summer Nights", que celebra seus 50 anos de carreira.

No repertório estão músicas de várias fases de sua trajetória, como "I Honestly Love You", "Summer Nights", "You're The One That I Want", "Physical", "Xanadu", além de seu novo trabalho "Grace and Gratitude".


Carreira de Olívia


Olívia teve mais de 100 milhões de discos vendidos, ganhou quatro troféus Grammy, vários prêmios Country Music, American Music e People Choice Awards.

Após "Grease", fizeram sucesso as músicas da trilha sonora foram do filme, como "You're The One That I Want", "Summer Nights" e "Hopelessy Devoted To You", que também alavancaram o lançamento do álbum "Totally Hot" (1979).

Em 1980, Olívia estrelou o filme "Xanadu" ao lado do ator e dançarino Gene Kelly e acabaram gravando em dueto a música "Whenever You're Away From Me".

A música "Physical", lançada em 1981, foi sucesso nos EUA e acabou virando hit de vídeos de malhação.

Apesar da atuação e atividade em causas humanitárias, sua carreira musical não parou e contou com álbuns como "Back With a Heart" (1998).

Em agosto de 2014, uma temporada de shows em Las Vegas rendeu o CD duplo ao vivo "Summer Nights- Live In Las Vegas" (2015), com releituras de antigos sucessos e a inédita "Grace and Gratitude".

Serviço
Show Olivia Newton-John - "Summer Nights"

São Paulo
Quando: 3 de março de 2016, às 22h
Onde: Espaço Das Américas
Quanto: De R$ 90 a R$ 600
Vendas: www.ingressorapido.com.br e www.poladian.com.br

Rio de Janeiro
Quando: 1º de março de 2016
Onde: Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Vendas: www.poladian.com.br


Lionel Richie


O cantor e compositor norte-americano Lionel Richie faz show em Curitiba no dia 6 de março, no Teatro Positivo (Grande Auditório); no Rio de Janeiro no dia 8, na HSBC Arena; e em São Paulo no dia 9, no Ginásio do Ibirapuera. O Ex-membro da banda The Commodores traz ao país hits como "Endless Love", "Hello", "Easy", "Stuck On You", "Say You, Say Me", "Lady", "Do It To Me", "My Love" e "All Night Long".


Lollapalooza Brasil


O Lollapalooza acontece no Autódromo de Interlagos nos dias 12 e 13 de março de 2016 e trará como headliners Eminem, Florence + the Machine, o duo Jack Ü (composto por Skrillex e Diplo) e Mumford and Sons. O Lolla ainda terá shows de Snoop Dogg, Noel Gallagher's High Flying Birds, Tame Impala e Alabama Shakes.

Os ingressos custam de R$ 370,00 até R$ 800,00

Os horários de cada atração devem ser divulgados em breve.


Simply Red


Liderada pelo vocalista Mick Hucknall, a banda inglesa Simply Red volta ao país para dois shows em comemoração aos seus 30 anos de carreira. Donos de hits como "Stars", "For Your Babies", "Holding Back the Years", "Sunrise" e "You Make me Feel Brand New", o músicos fazem shows dia 15 de março, no Citibank Hall, em São Paulo; e no dia 17, no Citibank Hall, no Rio de Janeiro.


Maroon 5


A banda Maroon 5 confirmou sua vinda para vir ao Brasil em março de 2016. O grupo americano de pop rock, vencedor de três Grammy Awards, promete seis shows inesquecíveis, com sucessos da carreira e composições do mais recente álbum, V. Pela primeira vez, Maroon 5 vai se apresentar em Porto Alegre (Estacionamento da FIERGS) no dia 09/03; em Salvador (Parque de Exposições) no dia 13/03; e em Fortaleza (Marina Park) no dia 16/03. A banda também fará shows em Belo Horizonte (Esplanada do Mineirão) no dia 11/03; São Paulo (Allianz Parque), no dia 19/03, e Rio de Janeiro (Praça da Apoteose), no dia 20/03.


Iron Maiden


A banda britânica de heavy metal Iron Maiden vem para o Brasil para shows em 5 cidades. Eles se apresentam no sábado, dia 17 de março de 2016, na HSBC Arena, no Rio de Janeiro; 19 de março de 2016, na Esplanada do Mineirão, Belo Horizonte; dia 22 de março de 2016, no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília; 24 de março de 2016, no Ginásio Olímpico, em Fortaleza; 26 de março de 2016, no Allianz Parque, São Paulo. Formada por Steve Harris, Dave Murray, Adrian Smith, Bruce Dickinson, Nicko McBrain e Janick Gers, a banda traz ao país a 'The Book Of Souls World Tour', excursão mundial de divulgação do mais recente disco, The Book Of Souls, lançado em setembro.


Il Divo


O quarteto vocal internacional Il Divo faz show em São Paulo no dia 22, no Espaço das Américas. Famoso pela mistura de estilo pop com ópera, o grupo apresenta sucessos como "Regresa a Mi" e "To all the girls I have loved before", além de lançar seu novo álbum, Amor and Pasion, trabalho no qual investem em releituras de músicas da Espanha, Cuba, Argentina e México.



ABRIL


Coldplay


Os ingleses do Coldplay apresentam a turnê 'A Head Full Of Dreams Tour' na quinta-feira, dia 7 de abril, no Allianz Parque, em São Paulo; e no domingo, dia 10, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Nos shows, a banda vai mostrar as faixas de A Head Full Of Dreams, álbum que será lançado no dia 4 de dezembro, além de clássicos como "Yellow", "Paradise", "The Scientist", "Fix You" e "Magic".


Tomorrowland Brasil


Após reunir mais de 180 mil pessoas em 2015, a segunda edição do festival belga Tomorrowland Brasil, considerado o maior evento de música eletrônica do mundo, já tem data para acontecer: os dias 21, 22 e 23 de abril de 2016, também na Fazenda Maeda, em Itu. Além da data escolhida, a empresa organizadora do festival também revelou o preço dos ingressos. Entre as atrações confirmadas estão nomes como a dupla Axwell /\ Ingrosso, Alesso, Steve Angello, Dimitri Vegas and Like Mike, W and W, Armin van Buuren, David Guetta, Nicky Romero e muito mais.


City and Colour


O City and Colour, projeto criado por Dallas Green enquanto estava na banda de post-hardcore Alexisonfire, se apresenta nos dias 26 e 27 de abril, no Cine Joia, em São Paulo; no dia 29, no Circo Voador, no Rio de Janeiro; e no dia 30, no Music Hall, em Belo Horizonte. Nos shows, o grupo, que já tem cinco discos de estúdio na bagagem, apresenta as faixas do álbum If I Should Go Before You, lançado em 2015. O repertório conta com faixas como "Woman", "Two Coins", "Killing Time", "Wasted Love", "Lover Come Back" e "The Girl".


Unknown Mortal Orchestra


A banda norte-americana Unknown Mortal Orchestra se apresenta pela 44ª edição do Popload Gig, que acontece no dia 28 de abril, no Beco 203, em São Paulo. No show, o quarteto de Portland (Oregon, nos Estados Unidos) criado pelo vocalista, guitarrista e compositor neozeolandês Ruban Nielson, o baixista Jake Portrait, o baterista Riley Geare e o tecladista Quincy McCrary mostra as faixas do cultuado disco Multi-Love, lançado em 2015.



AGOSTO


Megadeth


A banda de heavy metal Megadeth se apresenta no dia 7 de agosto, no Espaço das Américas, em São Paulo. Em sua 14ª passagem pelo país, o grupo formado por Kiko Loureiro (guitarra), Dave Mustaine (guitarra), David Ellefson (baixo) e Chris Adler (bateria) apresenta as canções do novo disco de estúdio, Dystopia, lançado em 2016. No repertório do show, clássicos como "Peace Sells", "Holy Wars... The Punishment Due", "Hangar 18", "Symphony of Destruction" e "A Tout Le Monde".



OUTUBRO


Andrea Bocelli


O tenor italiano Andrea Bocelli se apresenta dia 12 de outubro, no Allianz Parque, em São Paulo. No show, Andrea vai emocionar os fãs cantando clássicos de seu mais recente disco, Cinema, lançado em outubro de 2015 em 75 países. O trabalho celebra as maiores canções das telonas de todos os tempos e reúne uma equipe de lendas musicais, incluindo David Foster, Humberto Gatica e Tony Renis, que trabalharam juntos no sucesso pioneiro de Bocelli, "Amore".



Fontes: 
Guia da Semana
Música UOL



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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

30 músicas de rock incríveis usadas em comerciais de TV - 01


Rock: 


Músicas famosas ou do momento são muito usadas em comerciais. Um bom comercial sempre precisa de uma boa música.

Poder ser um jingle criado pela própria marca (e que gruda na cabeça de todo mundo) ou pode ser uma música de um artista que topou receber alguns trocados.

No segundo caso, o negócio é muito arriscado. Associar uma música autoral a uma marca pode ser um tiro no pé. O comercial pode estragá-la para sempre. Já os fãs podem ficar muito irritados (e quase sempre ficam).

De qualquer jeito, as marcas não são bobas e sabem garimpar os hits do momento ou aquela música alternativa um tanto desconhecida que se encaixa perfeitamente no mundo delas.

EXAME.com preparou uma playlist com 30 músicas de rock – do clássico ao indie – usadas em comerciais nas últimas décadas.

Têm clássicos como Led Zeppelin, AC/DC, Ramones e Rolling Stones; e indies como Foster The People, The Black Keys, Strokes e Vampire Weekend.

Confira a lista com os comerciais e marcas que usaram cada uma das músicas. Isso pode gerar idéias para você criar suas próprias músicas normais ou jingle.


Lista de músicas e comerciais



1. "Times Like These", do Foo Fighters - comercial da Claro




2. "Brown Sugar", dos The Rolling Stones - comercial da Pepsi




3. "Born To Be Wild", do Steppenwolf - comercial da Pepsi




4. "Letf Hand Free", do Alt-J - comercial do Haig Club




5. "Are You Gonna Be My Girl", do Jet - comercial da Apple




6. "1901", do Phoenix - comercial da Cadillac




7. "A-Punk", do Vampire Weekend - comercial da HP

Não encontrado o vídeo de propaganda, então aqui vai a música:
Vampire Weekend - A-Punk



8. "Gigantic", do Pixies - comercial da Apple




9. "Lust For Life", do Iggy Pop - comercial do Royal Caribbean Cruises




10. "Tighten Up", do The Black Keys - comercial da Subaru

Não encontrado o vídeo de propaganda, então aqui vai a música:
The Black Keys - Tighten Up [Official Music Video]




Fonte: Exame Abril



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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

1969 - Altamont Festival - Califórnia, USA


1969


ALTAMONT - Altamont Speedway Free Festival. Este será sempre lembrado como o festival onde membros da gangue Hell's Angels, contratados para fazer a segurança (!) do evento, espancaram um rapaz até a morte durante um show do Rolling Stones. Realizado no fim de 69, Altamont simbolizou o fim da utopia hippie.

Rolling Stones-Gimme Shelter at Altamont


Altamont é uma estrada no norte da Califórnia, perto de Livermore. Foi lá que aconteceu em 6 de dezembro de 1969, há 40 anos, o evento promovido pelos Rolling Stones, Altamont Speedway Free Festival (The Killer Concert, como passou a ser conhecido), com convidados como Grateful Dead, Santana, Jefferson Airplane, The Flying Burrito Brothers e Crosby, Still, Nash and Young. Seria uma espécie de “Woodstock do Oeste”. Porém, houve problemas desde o início. Originalmente programado para acontecer no Golden Gate Park, San Francisco, não foi concedida a  licença. Tentaram negociar o espaço da Sears, que também não deu certo porque o proprietário exigia direitos sobre as filmagens e não chegaram a um acordo. Muito tempo já havia passado, e quando se decidiram por Altamont, estavam há apenas 2 dias da data marcada. Em 4 de dezembro, anúncios começaram a circular por toda a mídia, divulgando o festival. Um dos pontos considerado inadequado foi o preço do ingresso, entre 7 e 8 dólares, ao invés dos habituais 4 ou 5 dólares. Para um público aproximado de 300.000 pessoas, a infra-estrutura também ficou precária, como por exemplo, toaletes e barracas médicas em quantidade e espaço muito aquém do necessário. O palco tinha apenas 1,21 m de altura, e o erro-mor, foi contratar os Hell’s Angels para fazer a segurança do festival.


Já no show do Jefferson Airplane, os Hell’s Angels, espancaram um garoto com tacos de sinuca. Marty Balin, do Jefferson, chegou a perder os sentidos, quando pulou no meio da multidão para tentar parar os Hell’s de bater em outro garoto hippie, com seus tacos. Consta, segundo o Guardian, que ele foi o único músico a intervir fisicamente.

Foto: The Guardian

Os Stones chegaram de helicóptero no meio da tarde, e um garoto gritava na cara de Mick Jagger, “I hate you, I hate you”. A área do palco parecia um hospital, com pessoas que eram levadas para lá inconscientes, e onde avisos eram dados sobre atendimento médico.

Mas o clímax ainda não havia chegado. Os Stones estavam no palco e tocavam “Sympathy for the Devil”. Alguma confusão fez com que parassem a música por um momento e logo retomaram. Foi quando um jovem negro, Meredith Hunter (1951-1969), provocado por alguns Hell’s Angels, sacou uma pequena pistola e sacudiu-a no ar. Então foi esfaqueado muitas vezes no pescoço e nos ombros por Alan David Passaro, e espancado até a morte enquanto os Stones tocavam “Under my Thumb”, alheios ao que estava acontecendo.

Quando perceberam, a música foi interrompida e Mick implorou para que parassem a briga, mas ele não tinha controle algum sobre a situação. O assassino, alegando agir em auto-defesa, foi absolvido. Mas em 1985 seu corpo foi encontrado boiando no Reservatório Anderson, com US$ 10.000 no bolso.


Eamonn MacCabe, fotógrafo do Guardian, disse : “Era um lugar estranho e sinistro. Eu cheguei cedo no dia e era muito claustrofóbico. Fui com a intenção de filmar os Stones na minha pequena Super 8, mas demorei horas para abrir caminho até a frente do palco. Eu queria ver mesmo era Crosby, Still, Nash and Young e tudo parecia calmo. Aí, durante o show do Jefferson Airplane, eu vi um garoto sendo atacado pelos Hell’s. Todos tentamos correr. Mas não havia espaço físico para isso”. (…) “O que me lembro era de um sentimento de escuridão, de perigo presente. (…) Mick (vestido com uma capa e um pentagrama bordado em sua roupa) se movimentava em seu palco satânico. Mas quando a violência emergiu em torno dele, subitamente ele se tornou muito pequeno e vulnerável”.

Depois disso, os Dead se recusaram a tocar, por causa da violência, e foram embora de helicóptero. Os Stones desembarcaram minutos depois, em um terminal do Aeroporto de Los Angeles, chocados. Stanley Booth escreveu : “Mick sentou-se em um banco de madeira, desnorteado e amedrontado, sem capacidade para compreender o que havia acontecido – quem eram os Hell’s Angels ou porque eles estavam matando pessoas em seu show de paz e amor…’Eu devia ter chamado os guardas’, disse Mick”.

Country Joe McDonald disse que “Woodstock e Altamont são como grandes experimentações sociais do final dos anos 60. Mas realmente, não foram. Altamont foi errado desde o começo por razões claras: lugar ruim, organização ruim, cobiça, arrogância, estupidez. Woodstock funcionou porque as pessoas não se sentiram usadas. Woodstock foi progressista, na direção da sabedoria, de união das raças. Foi um triunfo da tecnologia. Um modelo para que um festival seja bem sucedido”.

Não dá para não comparar Woodstock e Altamont. Do sonho ao pesadelo em apenas 4 meses de diferença.

Veja o próximo festival: 1970 - Glastonbury Festival - Reino Unido
ou
Volte ao festival anterior: 1969 - Festival de Música e Artes de Woodstock

Fontes :
Christopher Andersen, in “Mick Jagger – Biografia Não Autorizada”
David Dalton (Rolling Stone) : “Altamont : An Eyewitness Account”
Guardian
Vírgula
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sábado, 29 de março de 2014

004-17 Garage Rock


Proto punk


Para estes roqueiros, celebridade e muita grana importavam ainda menos que sofisticação musical; qualquer um pode fazer rock de garagem, basta ter instrumentos, saber três acordes ou marcar um 4/4, uma garagem ou quarto, cerveja ou um fuminho e vamos lá. Gravações, quando aconteciam, eram no mesmo espírito moleque e agressivo; afinal, rock é troca de energia. Alguns destes grupos, que gravaram desde 1965-66, são The Standells, Syndicate Of Sound, Chocolate Watchband, The Music Machine, Shadows Of Knight (que afirmaram: "Os Stones, Animals e Yardbirds pegaram o blues de Chicago e lhe deram uma interpretação inglesa. Nós pegamos a versão inglesa do blues e re-adicionamos um toque de Chicago" - mais um exemplo de pingue-pongue, e nem fui eu quem falou!) e, na Inglaterra, os Troggs (ativos e diretos até hoje).



No próximo post você verá Middle-of-the-road (MOR)...


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004 Anos 60


Mito do rock no 2: "Não houve rock and roll de qualidade entre o sumiço dos pioneiros na virada dos anos 50 para 60 (Continuando a série de fatalidades entre os rock-stars iniciadas em 1959, já em abril de 1960 morreria Eddie Cochran em uma colisão de um táxi contra um poste de energia elétrica. No mesmo carro estava Gene Vincent que juntamente com a namorada de Eddie sofreu apenas ferimentos. O impacto emocional do acidente talvez tenha sido o motivo pelo qual Gene Vincent não mais apresentou a mesma performance e iniciou o declínio de sua careira (chegando a desmaiar no palco durante uma tour pela Inglaterra), Elvis no exército, Little Richard interrompendo a carreira para ser pastor, Chuck Berry na prisão, etc.) No final da primeira fase do rock and roll também foi emblemática a perseguição ao criador do estilo, Allan Freed, processado e condenado ao pagamento de uma multa de mais de US$30.000 por ter recebido pagamentos em troca da execução de determinadas músicas em seus programas e festas. Alegava-se que as atitudes anti-éticas de Allan Freed haviam sido responsáveis pelo sucesso do rock and roll que de outra forma não poderia ter atingido tamanha repercussão. Allan Freed após a divulgação deste escândalo foi obrigado a se retirar da atenção do público. Mas enquanto o rock declinava sensivelmente no seu pais de origem, do outro lado do Atlântico, na Inglaterra, principalmente nas cidades portuária (por terem estas acesso mais fácil às músicas que vinham do continente americano), crescia o interesse pelo rock and roll. Billy Furry foi o primeiro artista de rock inglês a ter alguma repercussão nos Estados Unidos, ainda baseado nos conceitos comerciais do rock original, com músicas feitas por encomenda. Na cidade de Liverpool estava tomando forma um movimento cultural que tomou o nome de um fanzine musical local, Mersey Beat. Entre as bandas locais já destacavam-se os Beatles, os salvadores do rock and roll."

Porém as coisas não iam tão mal assim. Aqui vão algumas provas do contrário - e bastaria lembrar apenas uma delas para derrubar essa falácia (gostaram?):

Beach Boys: banda a início dirigida basicamente à comunidade de surfistas mas que terminou por ter uma inesperada repercussão com o hit Surfin’ Usa (um plágio descarado a Sweet Little Sixteen de Chuck Berry, por quem seriam processados neste mesmo ano). Misturando rock instrumental, doo-wop, boogie-woogie, folk, gospel e muito mais, liderados por Brian Wilson (nasc. 1942), acabaram sendo o melhor grupo vocal branco de rock and roll, os reis da "surf-music" e, no dizer de um crítico norte-americano, "os mais sofisticados roqueiros primitivos", além de se aventurarem pelo art-rock de forma a influenciarem até Revolver e Sgt. Pepper dos Beatles. Em seu rastro surgiriam outros artistas com temas de surf, como Jan and Dean.

Motown: A famosa gravadora de Detroit, fundada pelo compositor e empresário Berry Gordy Jr. (nasc. 1929) e dedicada a gravar soul comercial, porém da mais alta qualidade, diluído apenas o suficiente para agradar ao público branco. E como agradou: foi a gravadora mais bem-sucedida dos anos 60. Seus maiores artistas incluem Stevie Wonder (nasc. 1950), Marvin Gaye (1939/1984), Smokey Robinson (nasc. 1940) e os Miracles, Diana Ross (nasc. 1944) e as Supremes, Marthe Reeves (nasc. 1941) e as Vandellas e os Four Tops (que bateram um recorde em 1994: 40 anos com a mesma formação!).

The Four Season: "concorrente" novaiorquino dos californianos Beach Boys e também dedicados ao doo-wop de branco, mas com vocalizações excelentes, destacando o falsete de Frankie Valli (nasc. 1937), a serviço de composições e arranjos revolucionários.

Phil Spector (nasc. 1940): compositor, guitarrista e, principalmente, produtor de um estilo bombástico e eficiente, misturando soul, doo-wop e "tuttis" (não fruttis) da música erudita. Criador do "Wall Of Sound", transformado canções geralmente medianas em, como ele resumia, "pequenas sinfonias para os garotos". Seus clássicos incluem "Be My Baby" com as Ronettes e "You've Lost That Lovin' Feelin'" com os Righteous Brothers, e sua dominação nas paradas se deu de 1958 a 1965.

Brill Building: nome do edifício novaiorquino onde o produtor Don Kirshner reunia uma equipe de compositores de aluguel. E que compositores: Carole King, Neil Sedaka, Barry Mann (nasc. 1939), Neil Diamond (nasc. 1941), Doc Pomus and Mort Shuman, Jerry Leiber and Mike Stoller... quase todos responsáveis por boa parte do melhor pop norte-americano de 1959 a 1966. Basta dizer que os Beatles, em sua primeira visita aos EUA, fizeram questão de conhecer pessoalmente Carole King e seu melhor letrista e então marido, Gerry Goffin (nasc. 1939), e até hoje a melhor receita para a falta de inspiração é regravar algum hit desta turma. Que Funk, Kylie Minogue, a-ha, James Taylor, os Carpenters, Rod Stewart, o Firm de Jimmy Page, Kiss, Ry Cooder, Blue Oyster Cult...

Em oposição ao rock juvenil e inocente da década de 50, começaram a surgir nos Estados Unidos artistas mais preocupados em passar mensagens importantes através da música. Com base na música folk e tocando em bares surgiam artistas como Bob Dylan e Joan Baez, que em muito breve viriam a mudar o rosto do rock. O movimento intelectual chamado de Beatnik foi de grande importância na formação deste novo estilo. O Beat era caracterizado pela valorização da individualidade, do livre arbítrio, da experimentação e da mudança, em contradição à manutenção dos antigos valores considerados importantes pela burguesia.

Na Inglaterra, contratados por George Martin da EMI, após terem sido desprezados pela gravadora Decca, em 1963 os BEATLES já eram um sucesso sem precedentes usando a formula de juntar o apelo fácil de músicas cativantes a grande presença, bom humor e algum cinismo em entrevistas, que chamavam a atenção da imprensa. Era estranho também para a época que fossem os próprios membros da banda responsáveis por grande parte de suas composições. Com um cover de Come On (música de Chuck Berry) estreava também na Inglaterra, ainda sem grande repercussão, a banda Rolling Stones.

As novidades já não levavam tanto tempo para se espalhar por outros países. Bob Dylan e outros artistas folk dos Estados Unidos penetravam finalmente o mercado inglês enquanto paralelamente os BEATLES conquistavam a América.

Bob Dylan (nasc. 1941): Desde seu primeiro LP em 1962, já era um astro de relativa repercussão e suas letras inteligentes chamavam a atenção de público e crítica, fato inédito até então na música pop. Em abril fez seu primeiro grande show em New York, e teve uma apresentação no programa de TV de Ed Sullivan cancelada em virtude do conteúdo "revolucionário" de suas letras. Curiosamente em abril de 1964 Bob Dylan era número um na Inglaterra com a música The Times They Are A Changin enquanto os BEATLES ocupavam as cinco primeiras posições na parada americana (com Cant Buy Me Love em primeiro lugar). Não haviam atritos ou disputa entre os estilos musicais opostos... as letras e a postura política de Bob Dylan sempre foram abertamente elogiadas pelos Beatles. Já em maio ocorreria na Califórnia o Monterey Festival reunindo Bob Dylan e Joan Baez, além de outros artistas do estilo como Peter Seeger e o trio Peter, Paul and Mary. Rapidamente a música folk e principalmente Bob Dylan seriam taxados de comunistas e degenerados, o que obviamente atraiu a atenção do público jovem e aumentou o apelo do novo estilo. Era o roqueiro solista branco mais influente desde os anos 60, com seu estilo único de composição, fundindo a música folk ao rock, ao r and b, gospel e outros gêneros, bem como seu estilo de interpretação, onde a afinação não importa tanto quanto a expressividade. Imitado por simplesmente todo mundo, incluindo os Stones, Beatles, Kinks, Animals... Por sinal, temos aqui um belo pingue-pongue: os Animals regravaram "House Of The Rising Sun", do primeiro LP de Dylan, num arranjo rock; Dylan gostou tanto que acabou tornando-se um dos inventores do folk-rock.

Os Rolling Stones se tornavam também um grande sucesso mundial com sua ida aos Estados Unidos pouco após os BEATLES (a atitude irreverente dos Stones, com seus frequentes escândalos, era a antítese perfeita à educação e boa aparência dos Beatles, conquistando a parcela mais rebelde do público). Outras bandas inglesas como Herman’s Hermits, The Kinks e The Animals também despontavam.

A partir de 1965, com a banda Yardbirds (de carreira tão curta quanto influente, que teve entre seus membros ninguém menos que Eric Clapton, Jimmy Page e Jeff Beck) e The Who, o rock começava a ganhar uma agressividade inédita, com guitarras mais distorcidas e mais amplificação.

Em 1966, com o single Substitute o The Who finalmente levava o hard rock pela primeira vez ao topo das paradas (em grande parte devido à repercussão do quebra quebra generalizado promovido após os shows pela banda no palco e pelo público na platéia), enquanto Eric Clapton forma o power trio Cream. Nos Estados Unidos as novidades eram menos agressivas: a fusão definitiva entre o folk e o rock da banda The Byrds e Simon and Garfunkel e as harmonias vocais da banda The Mammas and The Pappas.

As influências das temáticas mais complexas do folk rock eram flagrantes (vide a evolução dos BEATLES com o álbum Revolver) e paralelamente às letras mais instigantes os músicos buscavam também levar adiante as sonoridades, explorando instrumentos exóticos e arranjos mais complexos, experimentais e inesperados.

As drogas não mais eram apenas consumidas para eliminar o cansaço, mas sim para buscar prazer e estados alterados de percepção. A música da época foi fortemente influenciada por drogas como LSD, seja porque era composta sobre seu efeito ou porque era composta de maneira a simular ou tentar ampliar seus efeitos. O novo tipo de música foi chamado de psicodélico.

Sobre o efeito de LSD os BEATLES gravaram o que possivelmente foi o álbum mais revolucionário da história do rock, Sgt Peppers’ Lonely Hearts Club Band, em 1967. Pela primeira vez uma banda de rock rompeu definitivamente com o formato extremamente comercial da música hit single, lançando uma obra em que cada música era apenas uma parte do todo. Tendo gasto mais de 700 horas e seis meses de gravação, tratou-se de um álbum instigante desde a sua capa (uma colagem de personalidades admiradas pelos Beatles) até o último sulco do disco (um ciclo sem fim).

Para muitos Sgt Peppers é considerado o nascimento do rock progressivo (que não se prende a nenhum conceito predefinido, baseado na experimentação e no ineditismo). Divide esta glória com um outro álbum, curiosamente gravado no mesmo estúdio e ao mesmo tempo, The Pipers At The Gates Of Dawn, da banda Pink Floyd, que havia ficado famosa pelas suas performances audiovisuais no underground londrino, capitaneada pelo gênio movido a LSD de Syd Barret.

Descoberto e levado para a Inglaterra pelo ex-Animals Chas Chendler, Jimi Hendrix seria uma outra grande revelação de 1967. Com seu segundo single, Purple Haze (o primeiro havia sido Hey Joe, um ano antes) Hendrix captou a atenção não apenas do público, mas de astros como Eric Clapton e Mick Jagger, criando uma nova sonoridade e ampliando definitivamente o papel e os recursos da guitarra elétrica no rock.

Baseados na agressão ao stablishment e na liberdade (sexual e de experimentação) herdada do pensamento beat, surgia nos Estados Unidos o movimento hippie, concentrado principalmente em San Francisco, e tendo como expoentes bandas como Gratefull Dead, Jefferson Airplane (claramente influenciadas por drogas) e The Doors (com seu primeiro single, Light My Fire) e artistas derivados da música folk como Janis Joplin. São marcos da época as flores no cabelo (daí o termo flower power), os cabelos longos e as comunidades alternativas. O símbolo de três pontas relacionado ao lema "paz e amor" foi tomado da sinalização militar que significava "cessar bombardeio". Nada mais adequado em época de Guerra do Vietnam.

O grande evento do ano de 1967 seria o Monterey Pop Festival que reuniu na Califórnia: Jimi Hendrix, Janis Joplin, The Animals, Simon and Garfunkel, Bufallo Springfield, entre outros.

Em 1968 com o final da banda Yardbirds Jimmy Page forma o New Yardbirds logo renomeado para Led Zeppelin, ao mesmo tempo em que o Cream alcançava um merecido sucesso. Uma outra banda de hard rock, Sttepenwolf, na música Born To Be Wild, cunhava pela primeira vez o termo "heavy metal". A sonoridade do Led Zeppelin era inédita, e embora muito baseada no blues, mais agressiva do que qualquer música anterior. Instrumentistas virtuosos, solos e improvisações de tempo indeterminado começavam a se destacar. O hard rock iniciava seu período de apogeu ao mesmo tempo em que os clássicos como BEATLES e Pink Floyd, passavam por problemas de convivência cada vez maiores (embora os BEATLES ainda fossem levar sua carreira adiante por quase dois anos, o Pink Floyd sofreria uma grande mudança com a saída de Syd Barret).

Em 1969 foi ainda o ano dos grandes festivais. A morte de um fã durante um show dos ROLLING STONES durante uma apresentação gratuita no festival de Altamond, California, foi o marco negativo do ano. Mas mesmo esta má impressão não seria capaz de abafar a realização do que possivelmente foi o maior evento de música de todos os tempos, entre 15 e 17 de Agosto, em Woodstock, interpretado por muitos como o marco do início de uma nova era de paz e amor, com apresentações entre outros de Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jefferson Airplane e The Who. No Newport Jazz Festival por sua vez apresentaram-se Led Zeppelin, Jethro Tull, John Mayall, Ten Years After, Jeff Beck, James Brown, Johnny Winter, entre outros.

Com bandas de músicos virtuosos como Pink Floyd, Led Zepellin, Cream, Jethro Tull e Deep Purple, e os super experimentais Mothers Of Invention de Frank Zappa, associados aos trabalhos cada vez mais elaborados de bandas antigas como os BEATLES e o The Who (que havia lançado a ópera rock Tommy, elevando definitivamente o rock a categoria de arte) a simplicidade característica do rock dos primeiros tempos havia sumido.

Você quer mais? Pois não: Del Shannon (1930/1990), grande compositor e cantor ("Runaway", "Keep Searching"); Burt Bacharach (nasc. 1928), não especificamente roqueiro, mas cujo estilo de composição e arranjo sempre agradou a muitos roqueiros; os Kingsmen, as Shirelles, Dionne Warwick e outros grandes astros da gravadora Wand/Scepter; sem falar em veteranos dos melhores ativos e em boa forma, como Ray Charles, Roy Orbison, os Everly Brothers...

Pois bem, podemos agora citar os primeiros estilos de rock surgidos ou desenvolvidos nos anos 60.


No próximo post você verá Twist e Derivados...


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quarta-feira, 22 de maio de 2013

002-15 África


ÁFRICA,  JAMAICA E CARIBE



Só... estamos entrando na chamada "música do Quarto Mundo", das chamadas Índias Ocidentais, onde as colonizações africana, inglesa e francesa resultaram em novos gêneros, ou melhor, em ritmos muito importantes como o calipso, o beguine e o reggae, o soca e derivados.

O calipso já existe desde cerca de 1900, surgindo na ilha de Trinidad, unindo ritmos africanos com melodias e danças da Venezuela, logo ali em baixo no mapa, havendo ainda influências inglesas, francesas e até irlandesas.

Na virada do século o idioma nacional já não era o dialeto local e sim o inglês. Um dos poucos ídolos locais a atingir notoriedade mundial é o cantor/compositor Lord Kitchener ("Kitch") (nasc. 1921), que chegou a ser um dos favoritos da Princesa Margaret da Inglaterra.


Outro grande nome do calipso é Harry Belafonte (nasc. 1927), nascido em Nova York, mas que morou cinco anos na Jamaica e, após tentar carreira como cantor pop, enveredou pelo folk em 1955 e emplacou de vez com "Banana Boat Day-O",


"Jamaica Farewell"


e outras. Com tanta divulgação, roqueiros brancos começaram a fazer seus próprios calipsos a partir da segunda metade dos anos 60, como "Ob-La-Di, Ob-La-Da" dos Beatles



 (algo a ver com "In The Land of Oo-Bla-Dee",  da grande pianista/compositora de jazz e blues Mary Lou Williams (1910/1981), gravada tanto por ela como pelo trompetista de jazz Dizzy Gillespie em 1949)


O beguine, vindo da Martinica no começo do século, pode ser ouvido em lugares tão diversos quanto "Begin The Beguine" de Cole Porter


 ou o arranjo dos Rolling Stones para "You Better Move On" de Arthur Alexander.



E na Jamaica, uma pequena Bahia logo abaixo de Cuba, consta que só em 1960 se conseguiu gravar r and b, e mesmo assim eram cópias pioradas de som de Nova Orleans, particularmente Fats Domino.


Não conseguindo reproduzir o r and b, os músicos jamaicanos acabaram criando ritmos novos, como o ska, bem puladinho (cujo nome imita o som da guitarra nesse ritmo) e primeiro ritmo jamaicano a fazer sucesso fora da Jamaica. Sucederam-se as variantes deste "r and b errado", como o rock steady, o toast (um avô do rap), o dup (pai do remix e onde, por economia, o lado B do compacto era simplesmente o lado A sem os vocais) e o reggae, surgido em 1968 e do qual falaremos nos anos 70. Oioioio...

No próximo post você verá America Latina ...



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sábado, 21 de abril de 2012

002-11 Country 04


E uma das origens mais diretas do rock é justamente o que se rotulou rockabilly ("rock" + "hillbilly", caipira), e definido por um de seus criadores, Carl Perkins (nasc. 1932) como "blues with a country beat" - praticamente um sinônimo de nosso próximo assunto, rhythm and blues. E nos anos 30 já tinhamos o "Western Swing" texano, country influenciado pelas big bands de jazz, onde se encaixam nomes como Spade Cooley e,


mais recentemente, o grupo Asleep At The Wheel.



Quem não gravou algum country na vida? Vários roqueiros chegaram a fazer LPs inteiros com essa ambiência caipira: Beatles For Sale,


Muswell Hillbillies dos Kinks, Sweetheart Of The Rodeo dos Byrds, muita coisa dos Stones, Talking Heads, Eric Clapton... O rockabilly também mereceria um livro só para ele, mas não podemos esquecer da participação da música do 49º Estado norte-americano, o Havaí, com suas guitarras elétricas de colo, conhecidas justamente como guitarras havaianas (consta que este estilo, muito usado no country e no blues, foi inventado em 1894 pelo havaiano Joseph Kekeku, que deixou cair um pente em cima do braço de seu violão), e seu ukulele (na verdade outro nome para o nosso cavaquinho; ambos têm a mesma origem, o machete português, ora, pois). Aliás, outro grande artista que também se aventurou pelo country foi, acredite se quiser, W.A. Mozart,


aquele, que também compôs "contradanças" para as danças camponesas de sua Áustria, que, importadas pela França, vieram para os EUA e o Brasil, onde se transformaram nas respectivas quadrilhas, conhecidas nos EUA como "square dances", que inclusive aparecem no primeiro filme de Elvis, Love Me Tender - aliás, vamos terminar lembrando que Elvis foi banido de um show/programa de rádio importante porém tradicional demais, Grand Ole Opry, para logo em seguida se revelar nacionalmente em outro, mais progressivo, Louisiana Hayride.

Na próxima página você verá  Rhythm and Blues...


 

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sábado, 24 de março de 2012

002-09 México 02


Continuação 02

"Wild Thing" dos Troggs e de Jimi Hendrix,



"Get Off My Cloud" dos Stones,


"Louie Louie" (por sua vez outro grande clássico, que já mereceu um livro só para ele, lançada por Richard Berry em 1956,


regravada por todo mundo e que se derivou em outros clássicos como "The Game of Love" dos Mindbenders,



"Brother Louie" do Hot Chocolate / Stories,


"Plastic People" de Frank Zappa,



"Good Lovin'"dos Olympics e Rascals,


"More Than A Feeling" do Boston,




"Mother Freedom" do Bread e,


repare, "Smells Like Teen Spirit" do Nirvana).



Continua na próxima ...


 

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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

002-8 Folk


No princípio alguém, não sei quem, inventou uma música, mais tarde foi inventada a partitura. Foi dito, com toda razão, que a música folclórica, de autor desconhecido, é "a mãe de toda a música"; que o digam, por exemplo, J.S.Bach, Bartok e Villa-Lobos, grandes adaptadores do folclore de seus países.

A folk-music ("música do povo") norte-americano firmou-se como tal em meados do século XIX; como em todos os países, temos compositores ianques conhecidos cuja obra tem sabor folclórico, talvez o mais ilustre sendo Stephen Foster (1826/1864), autor de "Oh! Susanna" (regravada em rock pelos Byrds)


e "Old Kentucky Home" (idem Randy Newman),


além dos mais recentes Pete Seeger (nasc.1919),


Woody Guthrie (1912/1967)


e Leadbelly (já citado também como bluesman).


Cantigas infantis, além de também serem música folclórica, sempre se deram muito bem com o espírito de molecagem do rock and roll. "Walking The Dog", de Rufus Thomas


(regravada pelos Rolling Stones,


Aerosmith e outros),


e "Ain't That Just Like Me" dos Coasters (idem os Hollies e os Searchers)



são apenas dois clássicos do rock baseados em "nursery rhymes",


"Three Blind Mice"


não é só o tema dos Três Patetas, tendo inspirado nada menos que duas melodias de John Lennon, "My Mummy's Dead"


e "Oh! Yoko".



E não podemos esquecer que canções infantis foram a razão de ser de tudo um subgênero do rock, o bubblegum, provando que o ser humano, à medida que cresce, vai ficando mais sacana e menos maldoso.

Na virada dos anos 50 para 60, o rock era coisa de moleque; universitários e pessoas mais elitistas preferiam o folk. Mas lá por 1962 a 1963 o folk e o rock fizeram as pazes e, como se você não soubesse, o resultado foi outro subgênero, o folk-rock, onde se notabilizaram Bob Dylan, The Mamas and The Papas, Peter, Paul and Mary, os Byrds e os inglês Donovan, sem falar em espertinhos que pegaram carona no sucesso do gênero, como Sonny and Cher, ou em fãs do blues que a princípio preferiam o folk ao rock, como a jovem Janis Joplin. Filmes e teorias sobre folk-rock falaremos em futuro Post.


No próximo post você verá México ...


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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Aerosmith


(Em 1986, após um longo período de internação em clínicas de desintoxicação, a banda voltou limpa e incentivada pela grande repercussão da regravação de "Walk This Way" pela banda hip-hop Run DMC).

O quinteto Aerosmith nasceu na cidade americana de Boston, preservando em seus mais de vinte anos de formação o estilo de hard rock direto, alegre, misturado a rock-baladas que garantiram o sucesso do grupo durante toda sua carreira. O rock and roll vibrante do Aerosmith teve como influências declaradas as bandas ROLLING STONES e New York Dolls (inclusive no visual andrógino de Steven Tyler).

Banda Aerosmith

A banda foi formada em 1969. Steven Tyler (originalmente baterista) e Joe Perry (guitarrista) se conheceram na lanchonete em que Joe Trabalhava. Posteriormente Steven assistiu a uma apresentação da Jam Band que incluia Joe Perry e Tom Hamilton. Juntamente com Ray Tabano, que tocava com Tyler em uma banda chamada Chain Reaction, formaram o que viria a ser o embrião do Aerosmith. Posteriormente Joe Kramer assumiu a bateria para que Tyler se dedicasse aos vocais e com a substituição de Ray Tabano por Brad Withford a formação que todos conhecemos estava completa.

Após dois anos de pequenas tours pelo circuito alternativo americano foram descobertos pela gravadora Columbia em 1972, gravando seu primeiro álbum auto intitulado no início de 1973. A recepção do álbum e do primeiro single, "Dream On", foi apenas razoável mas suficiente para que a banda conquistasse uma legião fiel de fãs. Durante esta primeira fase da carreira profissional excursionaram como banda de abertura de bandas tão diversas como Kinks, Mott The Hopple e Mahavishnu Orchestra. O segundo álbum, "Get Your Wings", apesar de uma melhor repercussão também não foi um estouro de vendas.

Apenas com "Toys in the Attic" de 1975 o Aerosmith conheceria as grandes platéias. O grupo tinha o privilégio de possuir uma sonoridade inédita, agradando a público e crítica; sua música era elaborada demais para ser punk, alegre demais para ser chamada de heavy metal e agressiva demais para ser comparada ao hard rock da época capitaneado pelo Led Zeppelin. As letras sacanas eram o contraponto perfeito à energia irresistível e arranjos fáceis de serem assimilados. O primeiro grande hit foi "Sweet Emotion" logo seguida por "Walk This Way". Em pouco tempo a balada "Dream On", gravada alguns anos antes também viraria um hit.

Em 1976 saiu "Rocks", senão o disco mais vendido do Aerosmith, o seu maior clássico, influência de toda uma geração do hard rock americano. Foi o primeiro disco de platina do Aerosmith, iniciando uma série de discos que alcançariam esta vendagem por vários anos seguidos.

A banda continuou gravando cada vez mais, excursionando cada vez mais e consumindo cada vez mais drogas, o que não parecia afetar sua produtividade e qualidade. A partir de 1979 passaram por uma pequena crise com a saída de Joe Perry (que seguiu carreira solo durante algum tempo) e entrada de Jimmy Crespo, situação que se agravou em 1980 com a saída de Brad Whitford (substituído por Rick Dufay) e um acidente de moto sofrido por Steven Tyler. Em meio à dificuldade para lançar material novo a gravadora soltou a coletânea "Aerosmith Greatest Hits". Quando saiu, o novo disco, "Rock In a Hard Place" foi acolhido como muito inferior a todas as gravações anteriores, apesar das excelentes vendas.

Após um longo período de férias forçadas, a banda voltou com sua formação original em 1985, lançando o álbum "Done With Mirrors" pela nova gravadora, Geffen. Quando tudo parecia bem, Steven Tyler sofreu uma overdose, tendo de suspender o restante da turnê. Foi o sinal para que a banda procurasse encarar de frente pela primeira vez a sua dependência de heroína. Em 1986, após um longo período de internação em clínicas de desintoxicação, a banda voltou limpa e incentivada pela grande repercussão da regravação de "Walk This Way" pela banda hip-hop Run DMC. O novo disco, "Permanent Vacation", superou as expectativas. "Pump", lançado em 1989, confirmou a excelente fase por que passava a banda com os singles "Love In na Elevator" e "Janie's Got a Gun".

O próximo disco demoraria muito a sair, desta vez não em virtude de problemas com drogas ou desentendimentos. "Get a Grip" de 1993 superou todas as expectativas. As excelentes baladas "Livin on The Edge", "Cryin" e "Amazing", tocadas à exaustão em rádios e MTV, levaram a banda à sua maior vendagem nos mais de 20 anos de carreira. A produção extensivo de videoclipes para cada um dos hits catapultou o lançamento para a primeira posição na parada da Billboard e rendeu seis discos de platina consecutivos. Nestes videoclipes por tabela foram elevadas as carreiras de Alicia Silverstone e Liv Tyler.

Em 1994, já de volta à Columbia Records, o Aerosmith lançou pela Geffen, para cumprir contrato, a coletânea "Big Ones". Na tentativa de uma direção para o novo álbum, chegaram a gravar com o então badalado produtor de Alanis Morissete, Glen Ballard, sendo o processo abandonado após algumas músicas gravadas. Joey Kramer tirou férias após desgaste emocional causado pela morte de seu pai. A demora em lançar material inédito levou a boatos sobre a volta da banda ao uso de drogas. Desta vez, apenas boatos. A banda encontrou a produção que queria em Los Angeles, com Kevin Shirley e lançou "Nine Lives" em março de 1997, seguindo em uma muito bem sucedida tour pela Europa e Estados Unidos.

A tour foi interrompida por dois acidentes em 1998. Primeiro Steven Tyler teve de realizar às pressas uma cirurgia no joelho após se machucar e cair ao girar um pedestal de microfone. Após a recuperação da cirurgia, menos de uma semana após o anúncio de novas datas de shows, foi a vez de Joey Kramer ter seus braços queimados quando seu carro pegou fogo em um posto de gasolina.

O tempo longe dos palcos náo foi desperdiçado. A banda gravou a música "I Don't Want to Miss a Thing" para a trilha sonora do filme "Armageddon", sugestão da atriz principal, Liv Tyler, filha de Steve. Ainda em 1998 sairia "A Little South of Sanity" registro duplo ao vivo das últimas tours, ainda pela Geffen Records.

Em 2001 foi lançado "Just Push Play", primeiro disco produzido por Steven Tyler e Joe Perry. Impulsionado pelo single "Jaded" o disco logo alcançou a segunda posição na Billboard e chegou a platina. No mesmo ano o Aerosmith foi indicado para o Rock And Roll Hall Of Fame. No mesmo ano foi lançado "Young Lust: The Aerosmith Antology", uma coletânea da Geffen com os maiores sucessos da banda.

Em 2002 é lançado "Oh Yeah! Ultimate Aerosmith Hits", uma outra coletânea trazendo duas músicas novas, "Lay It Down" e "Girls of Summer" e a musica tema do filme "Spider man".

Em 2004 é lançado o pouco comercial "Honkin' On Bobo", álbum de covers de clássicos do blues e que apesar de não ter alcançado uma grande vendagem recebeu vários prêmios de melhor album do ano. Ainda foi lançado o DVD ao vivo entitulado "You Gotta Move" (faixa do Honkin' on Bobo), um show contando com vários clássicos da banda, como "Draw The Line", "Toys In The Attic", a imortal "Dream On" e sucessos mais recentes como "I Don't Want To Miss a Thing" e "Jaded", além de algumas faixas do album Honkin' On Bobo como "Baby Please Don't Go" e "Stop Messin' Around".

Agradecimentos a Danny, Anna Tyler e VooDoo por correções e acréscimos.


quarta-feira, 5 de maio de 2010

Discografia Rolling Stones


Discografia

The Rolling Stones



Esta lista se refere só a lançamentos oficiais e foi preparada baseada no material disponível no mercado brasileiro. A relação dos CD dos Stones inclui títulos americanos e ingleses para assim não haver discrepância de faixas. Até Get Yer Yas-Yas Out! (70), os discos foram aqui lançados pela PolyGram. De Sticky Fingers (71) em diante, eles são da EMI-Odeon e também chegam às lojas em versões remasterizadas, exceto três discos ao vivo, Love You Live (77), Still Life (82) e Flashpoint (91).


THE ROLLING STONES - O repertório tem na sua maioria covers de artistas negros. O clima anárquico e barulhento do disco deve-se ao fato de o produtor e empresário Andrew Loog Oldham não conhecer nada de música negra. Saiu na Inglaterra em maio de 64.


12 x 5 - Os americanos, desesperados em encher o mercado com álbuns dos Stones, montaram este álbum com faixas do compacto duplo inglês Five By Five, músicas do álbum inglês Roling Stones Nr.2 e mais alguns singles. Saiu oficialmente em outubro de 64.


THE ROLLING STONES NOW! - Lançado apenas nos Estados Unidos em fevereiro de 65, o disco mistura faixas do segundo álbum inglês com músicas que tinham saído em compactos. A tônica continuava a ser o rhythm'n'blues.


OUT OF OUR HEADS - O maior chamariz é "(I Can't Get No) Satisfaction", que fez com que o álbum disparasse na parada. Fora isto, o disco tem covers de cantores de soul como Sam Cooke e Marvin Gaye. O lançamento aconteceu em julho de 65.


DECEMBER'S CHILDREN (AND EVERYBODY'S CHILDREN) - Mais uma salada feita para o público americano, com faixas de Out of Our Heads, gravações inéditas na Inglaterra e outras esquisitices. O disco foi puxado pelos singles "Get Off Of My Cloud" e "As Tear Goes By". Lançado em 65.


AFTERMATH - Primeiro disco a ter apenas composições de Jagger e Richards, foi o pioneiro em tratar com inteligência e brutalidade temas como sexo, drogas e rock'n'roll. Quem brilha é Brian Jones, que toca marimba, cítara e outros instrumentos exóticos. Nos Estados Unidos o disco saiu em junho de 66 e na Inglaterra, em abril.


GOT LIVE IF YOU WANT IT! - Na época, lançado apenas nos Estados Unidos, (em novembro de 66), trazia o registro de um show de 23 de setembro de 66 no Royal Albert Hall, em Londres. O som é uma maçaroca irritante. O disco só foi sair oficialmente na Inglaterra no começo dos anos 80.


BETWEEN THE BUTTONS - Os Stones foram duramente criticados quando lançaram este disco, que continha muitos elementos de teatro musical inglês, além de baladas e rock pouco convincentes. Foi lançado nos Estados Unidos e na Inglaterra em 20 de janeiro de 67.


THEIR SATANIC MAJESTIES REQUEST - O psicodelismo dos Stones não tem nada a ver com o dos Beatles. Se o fab four se apoiava na sonoridade hindu, Brian Jones dava o seu "toque das arábias". Foi lançado em novembro de 67. Destaque para "She's A Rainbow".


BEGGAR'S BANQUET - O som do disco é basicamente acústico, com vários convidados cobrindo a ausência de Brian, praticamente moribundo. Aqui os Stones escancaram o seu lado perverso e decadente: "Symphaty For The Devil" (satanismo), "Street Fighting Man" (subversão política) e "Stray Cat Blues" (sexo com menores). Saiu em novembro de 68.


LET IT BLEED - Um dos álbuns mais poderosos dos Stones. Mick Taylor debuta oficialmente. Pontos altos: a magistral recriação do blues de Robert Johnson "Love in Vain", a épica "You Can't Always Get What You Want" e a barra-pesada de canções como "Gimme Shelter" e "Midnight Rambler". O lançamento mundial aconteceu em novembro de 69.


GET YER YAS-YAS OUT! - A turnê americana de 69 foi uma das mais famosas já feitas por qualquer banda de rock. Todas as músicas do disco foram gravadas no Madison Square Garden em 28 e 29 de setembro. O lançamento foi em setembro de 70.


STICKY FINGERS - Foi o disco que firmou os alicerces do som dos Stones dos anos 70. O maior hit: "Brown Sugar", termo usado para designar heroína. Sticky Fingers inaugurou o selo deles, chamado Rolling Stones, e saiu em abril na Inglaterra e em junho nos Estados Unidos.


EXILE ON MAIN STREET - O disco mais "americano" dos Stones, repleto de blues, country e até rockabilly. A inspiração rolou solta e daí se justificou o lançamento deste clássico álbum duplo - depois editado em apenas um CD. Exile... saiu em maio de 72.


GOAT'S HEAD SOUP - Um dos discos dos Stones que mais vendeu e também um dos mais malhados. Muitos reclamaram, dizendo que os Stones tinham perdido o pique. Em compensação, muita gente que nunca quis saber de Stones comprou o disco por causa da balada "Angie". O lançamento foi em agosto de 73.


IT'S ONLY ROCK'N'ROLL - Mick Taylor criticou o disco abertamente e ainda acusou Jagger e Richard de terem surrupiado uma música sua: "Time Waits For No One". Depois, pediu as contas. A faixa título virou hino e o disco saiu em outubro de 74.


BLACK AND BLUE - As músicas foram gravadas quando o grupo estava escolhendo os candidatos ao lugar de Mick Taylor. Assim, tem participações de Wayne Perkins, Harvey Mandel e - é claro - Ron Wood, que acabou ficando na banda. Os destaques são "Cherry, Oh Baby" e "Memory Motel". É de abril de 76.


LOVE YOU LIVE - Os Stones atingiram um ponto baixo com este disco. O álbum duplo ao vivo é chato e sem energia. Boa parte dele foi gravada na França. Porém, o principal problema era Keith Richards, que nesta época se chapava direto com heroína. O lançamento ocorreu em setembro de 77.



SOME GIRLS - O mundo mal se recuperava do punk e dançava ao som da discoteca e os Stones apareceram com este disco, mostrando que, mesmo com novas tendências, eles ainda eram os maiores. Muita gente rodopiou nas pistas ao som do sucesso "Miss You". Lançado em maio de 78.


EMOTIONAL RESCUE - Lançado em 80, o álbum mostrava que os Stones tinham entrado nos anos 80 com um disco que trazia as mesmas idéias de Some Girls, mas sem a mesma inventividade. De qualquer forma, ele vale a pena, ao menos pela faixa-título, em que Mick tirou um sarrinho dos Bee Gees.


TATTOO YOU - Colocando de lado todas as frescuras, os Stones mostraram o que sabem fazer de melhor: ou seja, rock direto e rhythm'n'blues. O engraçado é que boa parte destas músicas eram sobras que vinham sendo compostas desde a época de Some Girls. Este discão é de agosto de 81.



STILL LIFE - O disco ao vivo é um simpático souvenir da turnê americana realizada pelo grupo em 81. O disco tem duas faixas que os Stones nunca tinham gravado antes: o rockabilly "Twenty-Flight Rock", de Eddie Cochran, e "Going To A Go-Go", de Smokey Robinson. Saiu em junho de 82.


UNDERCOVER - Geralmente os Stones não se atrapalham com novos ritmos da música pop. Infelizmente, eles se deram mal em Undercover, um disco que mostra uma cacofonia de sons eletrônicos, world music, funk e até rap. Saiu em novembro de 83.


DIRTY WORK - Depois de uma fase ruim, quando quase se separaram, os Stones lançaram este disco mediano. A versão para "Harlem Shuffle" puxou o disco, que também trouxe o hit "One Hit To The Body". O disco que traz algumas composições de Ron Wood - é de março de 86.


STEEL WHEELS - O grupo lançou este disco e saiu em uma gigantesca turnê, o que ajudou na divulgação de faixas como "Mixed Emotions" e "Rock And A Hard Place". O álbum, bem recebido pela crítica, foi lançado em setembro de 89.


FLASHPOINT - O inevitável disco ao vivo da turnê de lançamento de Steel Wheels. Vale pela inclusão de faixas que os Rolling Stones raramente tocaram nos seus shows, como "2000 Light Years From Home" e "Factory Girl". O disco tem duas faixas inéditas de estúdio "Sex Drive" e "Highwire". Foi editado em dezembro de 90.


VOODOO LOUNGE - Lançado em julho de 95, é o primeiro sem a participação do Baixista Bill Wyman. Os Stones nem se abalaram e chamaram Daryl Jones. O resultado? Você pode sentir em "Love Is Strong" e outras maravilhas que estão rolando direto.



COLETÂNEAS IMPORTANTES



THE ROLLING STONES SINGLES COLLECTION - Caixa com três CDs contendo todos os compactos do grupo até 71. Além de grandes hits, ela contém lados B de compactos que são difíceis de se achar. Este material não está disponível em versão nacional, mas foi importado oficialmente pela PolyGram em 92.


JUMP BACK - THE VERY BEST OF THE ROLLING STONES - Coletânea que retoma os hits dos Stones de 71 até 89. Saiu em abril de 94 pela EMI-Odeon.


FLOWERS - Compilação americana que saiu em junho de 67, com músicas difíceis, como "Sitting On A Fence" e "Ride On Baby".


T.A.M.I. SHOW (65) - Direção: Steve Binder. Este é considerado o primeiro grande concerto de rock e teve a participação de The Supremes, James Brown, The Beach Boys, Marvin Gaye, The Miracles e muitos outros. Os Stones tocam cinco músicas. Saiu em vídeo com o nome de Baby That Was Rock And Roll.


TONIGHT LET'S ALL MAKE LOVE IN LONDON (67) - Direção: Peter Whitehead. Filme que mostra a swinging London dos anos 60 com seus modismos e personalidades. Os Stones aparecem na trilha sonora e também em pequenas cenas.


SYMPATHY FOR THE DEVIL (69) - Direção: Jean Luc Godard. Este filme também é conhecido como One Plus One. Os Rolling Stones ensaiam e gravam a música "Sympathy For The Devil". Tirando estas cenas, o resto é muito chato.


STONES IN THE PARK (69) - Especial para a TV inglesa gravado no show do Hyde Park, homenageando Brian Jones e marcando a estréia de Mick Taylor nos Stones, então com 21 anos. Disponível no Brasil em vídeo pela PolyGram.


GIMME SHELTER (70) - Direção: Albert and David Maysles. Documentário mostrando o notório e caótico concerto de Altamont. Além de soberbas cenas do show, o filme é clássico por mostrar o que deu errado com o sonho dos anos 60. Disponível em vídeo no Brasil.


LADIES AND GENTLEMEN... THE ROLLING STONES (74) - Direção: Rollin Binzer. Registro da famosa turnê dos Stones em 72, com uma excelente performance da banda. Durante esta turnê o diretor Robert Frank registrou a banda e seus asseclas participando de cenas de sexo e uso de drogas. O resultado se chamou Cocksuker Blues e não foi lançado oficialmente, só existindo cópias piratas.


LET'S SPEND THE NIGHT TOGETHER (84) - Direção: Hal Ashby. É a vez da turnê de 81, com boas cenas do show e dos bastidores. Foi lançado pela Globo Vídeo em 87 mas está fora de catálogo.



Nota: Em 69 os Stones fizeram um especial colorido para a TV inglesa chamado Rock And Roll Circus. Devido a vários fatores, ele não foi exibido e permanece inédito até hoje, com exceção de algumas cenas mostradas no vídeo 25 x 5.



REWIND (84) - Direção: Várias. Compilação de clips dos anos 70 e 80 apresentados por Mick e Keith. Uma fita que fez muito sucesso, mesmo sem apresentar os clips integralmente.


BRITISH ROCK - THE FIRST WAVE (86) - Direção: Patrick Montgomery. Documentário mostrando a invasão das bandas britânicas nos anos 60, com grande destaque para os Stones.


READY STEADY GO (87) - Direção: Michael Lindsay Hogg. Compilação de clips do célebre programa da televisão britânica. Os Stones têm participação nos três volumes. Só o primeiro saiu no Brasil, pela EMI.


25X5 - THE CONTINUING ADVENTURES OF THE ROLLING STONES (89) - Direção: Nigel Finch. A carreira do grupo é passada a limpo nesta ótima fita. Disponível no Brasil pela Sony.


ROCK AND ROLL - THE GREATEST YEARS (90) - Direção: Vários. Série de fitas que vão dos anos 50 até os 80 mostrando clips raros. Os Stones aparecem em vários volumes.



Fonte: Revista BIZZ - Álbum Especial JAN/1995
Edição Comemorativa Turnê Brasil - 95

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