O "Profeta", Nelson Cavaquinho tinha horror à morte. Contam que um dia sonhou que ia morrer às três horas da madrugada. Plantou sob o relógio. Às quinze para as três não teve dúvidas: atrasou o relógio duas horas...
Boêmio, rei dos botequins cariocas, quando o álcool agia, simplesmente molhava a cabeleira branca e se refazia, recomeçando tudo. O que não impedia, pelo contrário o inspirava, a criar obras definitivas na MPB. Nelson Antonio da Silva fez do Rio, onde nasceu (18/10/1910) e morreu (18/02/1986), o cenário de sua vida já cantada em prosa e verso. De cavalariano da polícia a pintor de paredes, criou histórias que fizeram dele um mito. Divide com seu amigo Cartola os méritos de ser o maior compositor de Mangueira.
Em qualquer antologia da MPB, serão obrigatórios sambas seus. Como Folhas Secas, Pranto de Poeta, A Flor e o Espinho, Degraus da Vida, Luz Negra, Notícia, Quando Eu Me Chamar Saudade, Dona Carola, Nome Sagrado.
Fonte:
Encarte - MPB Compositores
Galeria de Estrelas
Edição de 2002
Editora Globo S.A.
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