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segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Zé Keti




Neto de flautista e filho de tocador de cavaquinho, suburbano típico do Rio de Janeiro, onde nasceu a 06/10/1921 e morreu a 14/11/1999, José Flores de Jesus foi um respeitado compositor, reinando em Madureira, na sua Portela e no Brasil inteiro. Seu trabalho influenciou toda uma geração de sambistas e isso jamais negaram - pelo contrário, tem orgulho - parceiros como Paulinho da Viola e Elton Medeiros. Chamado de Zé Quietinho por sua mãe, virou Zé Keti autor de inúmeros sucessos, definitivos na história da MPB. É do grupo que se apresentava no restaurante Zicartola, decisivo para a retomada do samba em 1960, atividade paralela com a que realizava na Ala de Compositores da E. S. Portela. Além da belíssima marcha-rancho Máscara Negra, são dele sambas de antologia, como A Voz do Morro, Acender as Velas, Malvadeza Durão, Mascarada, Diz Que Fui Por Aí, Jaqueira da Portela, Opinião, As Moças do Meu Tempo, Nega Dina e tantos mais.



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Encarte - MPB Compositores
Galeria de Estrelas
Edição de 2002
Editora Globo S.A.


Wilson Batista




O típico compositor popular carioca, embora tivesse nascido em 03/07/1913, na cidade fluminense de Campos. Até sua morte, no Rio de Janeiro em 07/07/1968, o Cabo Wilson, como o chamavam, assinou centenas de composições, com os mais variados parceiros, mas todas elas com o tempero e o sabor naturais em seus sambas.

Passeava por todos os gêneros, do social (O Bonde São Januário, Pedreiro Waldemar e Chico Brito), o romântico (Dolores Sierra e Louco), o satírico (Acertei no Milhar, Balzaquiana e Oh, Seo Oscar), o guerreiro (na famosa polêmica com Noel Rosa, como Frankstein da Vila), ao esportivo (os muitos sambas para o Flamengo). Uma caixa de fósforo e um pedaço de papel era tudo que Wilson precisava para compor um samba. Ganhou muito dinheiro, gastou tudo, era amado e odiado por muitos. O certo é que um samba de Wilson Batista será referência para sempre.



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Vinicius de Moraes




Poeta e diplomata. Durante Algum tempo assim se apresentava Marcus Vinicius da Cruz de Melo Moraes, o "poetinha" Vinicius de Moraes. Reconhecido como o grande letrista da bossa nova, seu parceiro mais famoso foi Tom Jobim, mas ele jamais se recusou a compor com os jovens, tendo trabalhado com nomes como os de Edu Lobo, Baden Powell, Carlos Lyra, Toquinho, entre tantos em início de carreira. Abandonou a diplomacia e assumiu definitivamente suas facetas de compositor e sedutor. Amava as mulheres com a mesma facilidade com que fazia poesia e letras de canções. Bastaria Garota de Ipanema para consagrá-lo mundialmente, mas fez centenas de composições. Apenas como exemplo: Apelo, Arrastão, Berimbau, Bom Dia Tristeza, Se Todos Fossem Iguais a Você, Tarde em Itapoã, Minha Namorada, Serenata do Adeus, Chega de Saudade, Eu Sei Que Vou Te Amar, Gente Humilde, Saravá, um pequeno exemplo. Nasceu e morreu no Rio de Janeiro (19/10/1913 e 09/07/1980).



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Toquinho




A partir de seu aprendizado de violão com Paulinho Nogueira, o compositor, cantor e instrumentista Toquinho (Antônio Pecci Filho, nascido em São Paulo a 06/07/1947) embasou uma importante carreira musical. Da mesma geração de Chico Buarque de Hollanda, de quem se fez amigo na adolescência, dividiu com ele o começo de carreira e as vicissitudes de um exílio a Itália, quando da Revolução de 1964. Chico foi morar em Roma e chamou Toquinho para com ele fazer shows de sobrevivência.

O violonista sempre gostou de gênios a seu lado e foi o último grande parceiro de Vinicius de Moraes. Seu estilo de se apresentar nos shows, aliado à bela estampa, faz dele um dos favoritos do público feminino. Os destaques na sua carreira são as canções Regra Três, Na Boca da Noite, Tarde em Itapoã, Aquarela, Que Maravilha, A Tonga da Mironga do Kabuletê, entre tantas outras.



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Tom Jobim




Outro gigante da MPB, Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, o Tom, nasceu no Rio, em 25/01/1927 (morreu em Nova Iorque, em 08/12/1994), onde começou sua carreira. Famoso pela beleza física, fazia sucesso como pianista da noite. Sua carreira ganhou impulso influenciada por grandes parceiros como Newton Mendonça (Incerteza e Foi A Noite) e Billy Blanco (Teresa da Praia e Sinfonia do Rio de Janeiro).

Chamado por Vinícius de Moraes para musicar peça teatral Orfeu do Carnaval, nasce grande parceria, que marcou no cenário mundial a música brasileira. Desde A Felicidade até Garota de Ipanema a dupla só produziu genialidades. Reconhecido como músico e autor até por Frank Sinatra, só teve jóias em seu acervo musical e poético, criado solo ou em grandes parcerias com Chico Buarque, Edu Lobo, Paulo Cesar Pinheiro, Paulo Soledade, Dolores Duran e até Fernando Pessoa, de quem musicou O Rio da Minha Aldeia.



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Rita Lee




Em 1947 (31/12) nasceu uma guerreira na Vila Mariana, em São Paulo. E sua doce guerra é no Brasil, para a felicidade das mulheres da segunda metade do século 20, que tiveram em Rita Lee Jones (Lee explica tudo: homenagem ao general sulista Robert Jones, da Guerra da Secessão) a porta-voz musical das gerações que marcaram a liberdade feminina. Uma alegre, bela e extrovertida cantora dos direitos femininos à entrega, ao prazer, à vida.

Da quase ingênua Mutante, à irreverente cantora, compositora, instrumentista, passando pela musa do rock, converteu-se, com o marido Roberto de Carvalho na bandeira da alegria de viver, cantada nas músicas que compuseram, sucessos definitivos. Lança-Perfume, Mania de Você, Cor de Rosa Choque, mostravam porque ela se proclamava com razão: "Eu sei que sou, bonita e gostosa..." e liderava sua geração. Talentosa, antenada, seu humor fica patente em seus shows, A Marca da Zorra, por exemplo, e na banda atual, a Talebanda.



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Raul Seixas




Viver. Rápida e intensamente. Enquanto fosse possível. Mas embriagar-se de vida. Sempre. A primeira metade do século 20 chegava ao fim em 1945, quando em Salvador da Bahia nasceu Raul Seixas. Destinado a se impregnar de rock and roll e ser roqueiro na vida, obedecendo às ordens de um anjo. Um anjo roqueiro, que passou como um relâmpago, mas cuja luz rápida e intensa foi ofuscante, imensa, marcando uma trajetória sideral até sua morte em 1989, aos 44 anos, em São Paulo. Pouquíssimo tempo. Mas o suficiente para marcar sua geração com composições inesquecíveis como a primeira delas Ouro de Tolo, de 1973, que trouxe ainda Mosca na Sopa e Al Capone. Dez Mil Anos Atrás é de 1976, Maluco Beleza de 1977 e o cantadíssimo Rock das "Aranha" de 1980. Saúde frágil e o maior desprezo por ela o levaram em 89, quando ainda havia muito por fazer e viver. Além do muito que foi feito e vivido em tão pouco tempo.



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Pixinguinha




Saudado como um dos maiores instrumentistas brasileiros de todos os tempos, Alfredo da Rocha Viana Filho nasceu (23/04/1897) e morreu (17/02/1973) no Rio de Janeiro. Sua flauta, comandando o conjunto Os Oito Batutas, fez tremendo sucesso em Paris em 1919, o que não abalou sua calma tradicional. De volta ao Brasil, assumiu-se como o maestro que criaria a escola brasileira de arranjadores, até então dominado pelo gongórico estilo italiano e como o compositor mais emblemático da MPB.

É o criador da melodia tida por muitos como a mais bonita feita no Brasil, o choro Carinhoso, que depois recebeu letra de João de Barro. Com o avançar da idade trocou a flauta pelo saxofone, contraponteando com o mesmo virtuosismo.

Seus choros pernalíssimos são para sempre uma escola de compor e executar. Destaque para Vou Vivendo, Lamento, 1 x 0, Sofres Porque Queres, Ingênuo e a valsa Rosa.



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Paulinho da Viola




Mais um fruto da esplendorosa geração surgida nos festivais de música da TV Record de São Paulo, na segunda metade dos anos 60 (venceu um deles, em 1969, com Sinal Fechado) o carioca Paulo César Batista de Faria, nasceu (12/11/1942) cercado pela música. Seu pai, exímio violonista ainda toca no conjunto Época de Ouro, criado por Jacó do Bandolim. Paulinho da Viola menino comparecia aos ensaios e bebeu daí sua formação de "chorão", que viria se somar ao sambista formado por bambas como Zé Keti, Cartola, Elton Medeiros e toda a Ala de Compositores de sua Escola de Samba, a Portela.

Surgiu profissionalmente no musical Rosa de Ouro e lapidou estilo na linha de Cartola, seguindo o mestre na elegância pessoal e musical. Tido como o grande sambista de sua geração, é autor de clássicos como Foi Um Rio Que Passou em Minha Vida, Catorze Anos, Arvoredo, Coisas do Mundo Minha Nega, Guardei Minha Viola, Minhas Madrugadas, No Pagode do Vavá, entre centenas.



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Noel Rosa




Noel de Medeiros Rosa é um divisor de águas. O compositor que colocou seu bairro, a Vila Isabel, no mapa da MPB, em menos de 30 anos de vida, deixou claro que a música popular deve ser examinada até ele e depois dele.

De família classe média, chegou a ser universitário, mas nenhum diploma de boêmio foi mais competente. Improvisador emérito, poeta comovente, garimpava seus sambas, românticos, mordazes, satíricos, em qualquer terreno. Tudo o inspirava, o amor (em que sempre foi mal-sucedido), a política, os costumes, a vida. Morreu aos 26 anos (04/05/1937) na sua Vila Isabel, onde nasceu (11/12/1910), deixando 230 composições assinadas (e um sem-número, perdidas ou vendidas), a maior parte antológicas. São dele clássicos como Com Que Roupa?, Conversa de Botequim, Feitio de Oração, Pierro Apaixonado, Pra Que Mentir?, Três Apitos, Palpite Infeliz e, entre tantas outras, a joia mais valiosa, o samba Feitiço da Vila.



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Nelson Cavaquinho




O "Profeta", Nelson Cavaquinho tinha horror à morte. Contam que um dia sonhou que ia morrer às três horas da madrugada. Plantou sob o relógio. Às quinze para as três não teve dúvidas: atrasou o relógio duas horas...

Boêmio, rei dos botequins cariocas, quando o álcool agia, simplesmente molhava a cabeleira branca e se refazia, recomeçando tudo. O que não impedia, pelo contrário o inspirava, a criar obras definitivas na MPB. Nelson Antonio da Silva fez do Rio, onde nasceu (18/10/1910) e morreu (18/02/1986), o cenário de sua vida já cantada em prosa e verso. De cavalariano da polícia a pintor de paredes, criou histórias que fizeram dele um mito. Divide com seu amigo Cartola os méritos de ser o maior compositor de Mangueira.

Em qualquer antologia da MPB, serão obrigatórios sambas seus. Como Folhas Secas, Pranto de Poeta, A Flor e o Espinho, Degraus da Vida, Luz Negra, Notícia, Quando Eu Me Chamar Saudade, Dona Carola, Nome Sagrado.



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Moraes Moreira




A inenarrável festa de rua que é o carnaval de Salvador, na Bahia, surgiu graças a dois fatores básicos: O Trio Elétrico de Dodô e Osmar e o cantor que de cima do caminhão animava os primeiros seguidores dos trios que virariam símbolos do carnaval baiano: Moraes Moreira. Cantor, compositor e instrumentista, Moraes já havia criado (com Paulinho Boca de Cantor e Luís Galvão) o grupo Novos Baianos, cujo trabalho o Brasil já conhecia.

Antônio Carlos Moreira Pires, nascido na baiana Ituaçu (08/07/1947), passou da sanfona para a guitarra, seduzido pela onda de rock and roll de sua adolescência, incendiando o carnaval baiano durante anos. O seu Pombo Correio foi das músicas mais tocadas no final da década de 70, o mesmo acontecendo com Festa do Interior em 1982, sucesso absoluto na voz de Gal Costa. Citações obrigatórias de seu trabalho são Acabou Chorare, É Ferro na Boneca, Besta é Tu, Lá Vem o Brasil Descendo a Ladeira, Preta Pretinha.



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Milton Nascimento




Nasceu no Rio de Janeiro em 26/10/1942, mas foi criado em Minas Gerais, na cidade de Três Pontas, de onde a sua mineirice. Julgado por músicos e intérpretes o melhor cantor brasileiro, Milton é compositor da mesma grandeza. Sua base artística foi iniciada como crooner e disc jockey em sua cidade, ao lado de Wagner Tiso.

Fez amizade com Fernando Brandt e Lô Borges, o embrião do Clube da Esquina, com talentos que se destacaram em sua geração. Elis Regina, ao gravar sua Canção do Sal abriu-lhe as portas e, no II Festival Internacional da Canção, consagrou-se em definitivo com Travessia.

Consolida a carreira de cantor e compositor, sendo dos que mais se apresenta - com sucesso - no exterior. Coração de Estudante, Maria Maria, Morro Velho, Ponta de Areia, Aqui É o País do Futebol, Canção da América estão entre seus mais conhecidos sucessos.



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Martinho da Vila




O sargento do Exército Brasileiro Martinho José Ferreira começou a ser notado como compositor e intérprete na Feira de Música Popular Brasileira, na extinta TV Tupi. Descoberto pela mídia, abandonava a farda para se transformar definitivamente em Martinho da Vila, ícone do bairro de Noel Rosa. Fluminense da cidade de Duas Barras (12/01/1938), lá aprendeu os ritmos rurais de que tanto gosta, como o calango e o jongo. Dono de um estilo particular de compor e interpretar, seus sambas são reconhecidos aos primeiros acordes. A ele, a Escola de Samba Unidos de Vila Isabel deve gloriosos momentos, desfilando com sambas-enredo de sua autoria, Iaiá do Cais Dourado (1969), Onde o Brasil Aprendeu a Liberdade (1972), Sonho de Um Sonho (1980) e Kizomba, Festa da Raça (1988). Seus sambas de "meio-de-ano" o consagraram. Pequeno Burguês, Canta Canta Minha Gente, Casa de Bamba, Pra Que Dinheiro?, Meu Pãozinho de Açúcar, entre tantos outros.



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Lupicínio Rodrigues




Todo papo de música desembarca em Lupicínio Rodrigues. Adeptos de todos os gêneros e ritmos se rendem ao talento do compositor gaúcho que nasceu em Porto Alegre a 16/09/1914 e morreu em 27/08/1974, e à sua maneira personalíssima de fazer música. Tido e havido como criador do gênero chamado "dor-de-cotovelo", ninguém como ele cantou amores perdidos, dores de sentimentos, saudade de tempos felizes entre amantes.

Voz pequena, presença tímida para mostrar suas composições, encontrou na voz de Jamelão o intérprete perfeito de suas músicas e poesias. Famoso por seus amores, nunca abandonou sua cidade, conseguindo fazer sucesso nacional sem deixar Porto Alegre. De sambas como Se Acaso Você Chegasse à Cadeira Vazia, passando por obras de gênio como Ela Disse-me Assim, Nervos de Aço, Aves Daninhas, Cigano, Esses Moços e até o Hino Oficial do Grêmio Porto alegrense, criou a moldura de um dos maiores compositores brasileiros.



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Luiz Melodia




O "Melodia" ele herdou do pai, um sambista do Estácio de Sá, reduto de bambas carioca, chamado por Osvaldo Melodia. Na verdade seu nome é Luiz Carlos dos Santos, nascido a 07/01/1951, no Rio de Janeiro, no mesmo bairro do Estácio. Iniciou-se profissionalmente em 1972, já com um grande sucesso, Pérola Negra, gravado por Gal Costa e cantado pelo Brasil inteiro, Maria Betânia seguiu o faro da amiga e naquele mesmo ano gravou Estácio, Holly Estácio, consolidando sua carreira de compositor e dando oportunidade para que ele gravasse seu primeiro disco como cantor, em 1973.

Os sucessos se acumularam - Juventude Transviada foi uma loucura - e Melô (como chamam-lhe os amigos) virou ídolo definitivo. os ritmos saltam ecléticos dos discos, indo do baião ao jazz. Podem exemplificar muito bem o seu trabalho os sucessos Ébano, O Morro Não Engana, Maravilhas Contemporâneas, Tô no Rio de Janeiro, Dores de Amores.



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Luiz Gonzaga




Luiz "Lua" Gonzaga é o mais acabado exemplo do artista do povo que alcançou sucesso profissional. Batalhou mais da metade da vida para tanto. Pernambucano de Exu, nasceu a 13/12/1912. Filho de sanfoneiro de forró, cedo dominava o instrumento. Tanto que, fugiu de casa e foi viver dele. Alistou-se no Exército, de onde deu baixa em 1939, já no Rio de Janeiro e a sobrevivência era garantida tocando em botequins e cabarés da zona boêmia.

A chance surgiu no famoso programa de calouros de Ary Barroso, a partir do qual passou a participar de programas em várias rádios. A princípio como acompanhador, solista instrumental e finalmente cantor, tornou-se o Rei do Baião, consagrado em todo o país, lançando o ritmo, popular no Nordeste, mas até então desconhecido no Sul. Gravou centenas de músicas, mas seu carro-chefe era Asa Branca. Além dela, Assum Preto, Que Nem Jiló, Xanduzinha, Paraíba, Riacho do Navio, Xamego e, o pai de todas, Baião.



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João Bosco




Mais um doutor cujo diploma foi roubado pela música popular brasileira. A família de João Bosco de Freitas Mucci fazia gosto que ele deixasse Ponte Nova, onde nasceu a 13/07/1946, para formar-se engenheiro. Ficou em Minas Gerais mesmo, foi estudar em Ouro Preto. Continuou a fazer música como amador, até que por lá apareceu Vinicius de Moraes. Foi ele a sereia que cantou em seu ouvido, levando-o a mudar-se para o Rio, onde tornou-se parceiro do letrista Aldir Blanc, formando uma dupla de rara importância na música popular.

Foi dele com Aldir (1972) a Bala Com Bala, primeira música que Elis Regina gravou da dupla, mostrando ao Brasil uma nova maneira de fazer música. Como que apadrinhados pela cantora, seguiram-se O Mestre-sala dos Mares, "Dois Pra Lá, Dois Pra Cá", Caça à Raposa, O Bêbado e o Equilibrista, entre outros sucessos. Consolidando carreira solo, João Bosco é dos artistas brasileiros mais requisitados pelo exterior, onde se apresenta só com violão, arrebatando plateias.



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Ivan Lins




O carioca (16/06/1945) Ivan Guimarães Lins formou-se em química industrial, mas o seu piano autodidata foi quem o encaminhou na vida. Para tocar jazz e bossa nova aprendeu piano de ouvido e passou a compor nele. Participou, em sua estréia, do Festival Universitário da TV Tupi (1968), sendo finalista com Até Amanhecer. Foi quando Elis Regina gravou Madalena, tornando-o conhecido nacionalmente. Dois anos depois era finalista do V Festival Internacional da Canção com O Amor é o Meu País. Já era parceiro de Vitor Martins, com quem fez Somos Todos Iguais Esta Noite e Começar de Novo, quando faz sucesso nos Estados Unidos e suas composições são gravadas por cantoras como Ella Fitzgerald e Sarah Vaughn.

Criou sua própria gravadora, a Velas, com Vitor Martins, destinada a dedicar-se à música popular brasileira. É justo destacar entre suas composições Vitoriosa, Desesperar Jamais, Bandeira do Divino e Lua Soberana.



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Herivelto Martins



Outro nome a quem a música popular brasileira deve todas as homenagens. Herivelto (de Oliveira) Martins compôs muito e com enorme qualidade. Centenas de músicas, desde o início da carreira em Barra do Piraí, em 1921, aos nove anos. Herivelto nasceu em Eng. Paulo de Frontin em 30/01/1912 e morreu no Rio de Janeiro em 17/09/1992. E a música sempre regeu sua vida, cantando solo a frente de seu conjunto Escola de Samba, como fundador e integrante do Trio de Ouro, marido da cantora Dalva de Oliveira e pai de Peri Ribeiro, também consagrado cantor.

Compositor dos mais gravados no século 20, destacam-se na sua obra títulos como Caminhemos, Ave Maria no Morro, A Lapa, Segredo, Praça Onze, Que Rei Sou Eu?, Cabelos Brancos, A Bahia Te Espera e até tangos, como Hoje Quem Paga Sou Eu e Carlos Gardel, este em homenagem ao maior cantor argentino, por ocasião de sua morte.



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