sexta-feira, 28 de março de 2014

002-19 Música Erudita


Chamada erroneamente de música "clássica", o que não tem quase nada à ver. Podemos chamar uma música especial de "Um clássico do Rock" ou "Um clássico da música sertaneja", que seria uma música que fez muito sucesso e agradou a maioria das pessoas. No fim das contas, música erudita nada mais é que música de casaca, obedecendo a formas determinadas de composição, exigindo domínio de teoria musical e do instrumento e não admitindo improvisações - até mesmo temas folclóricos ou populares passam a ser "canções" ou atendem pela pomposa alcunha de "harmonização de Fulano". Muitas vezes, principalmente na mais cultural Europa, o rock and roll despiu trechos eruditos da casaca - ou ele mesmo tentou tornar-se erudito e vestir a casaca, quase sempre muitos números maior que seu tamanho.

Nunca faltaram hits do rock baseados em temas eruditos mais populares. "Night", balada-soul com Jackie Wilson, partiu de "Meu Coração Se Abre À Tua Voz" de Sansão e Dalila de Saint-Saens. Tchaikovski é o grande inspirador da introdução de "Night Of Fear" do grupo inglês The Move, além de "Nutrocker" adaptação maluca de sua Suíte Quebra-Nozes, lançada pelo produtor Kim Fowley em 1962 e regravada pelo Emerson, Lake and Palmer. "A Whiter Shade Of Pale" do Procol Harum é puro J.S.Bach, e "Beck's Bolero", composta por Jimmy Page para Jeft Beck, não esconde de ninguém que usa o ritmo do bolero espanhol, celebrizado pelo "Bolero" de Ravel. Sem falar na porção de coisas que Elvis cantava em seus piores filminhos e que eram baseadas em temas de Offenbach, Brahms e Johann Strauss, com resultados quase tão hilariantes quanto os "empréstimos" pretensiosos de um Rick Wakeman.


No próximo post você verá Conjuntos Vocais.


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