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sexta-feira, 28 de março de 2014

003-05 High-School Rock


"Não compre discos negros! Eles corrompem a mente dos jovens! Ajude a salvar a juventude da América!" O high-school rock veio sob medida para a classe-média norte-americana que levou a sério este panfleto distribuído lá pelos anos 30/40. Já que não era possível deter o avanço da música de raízes negras, pelo menos que ela fosse cooptada, tão atenuada quanto possível, aproveitando apenas seus aspectos "positivos" - a batida animada, as melodias contagiantes (pelo menos mantiveram as "blue-notes"). E assim foi feito: as grandes gravadoras lançaram vários cantores e cantoras brancos, bonitinhos (as) e bem-educados (as), muitas vezes regravando hits de artistas negros como Fats Domino ou Little Richard, roubando-lhes o lugar ao sol das paradas ou do grande público, já que tinham bem mais divulgação e aceitação da chamada "maioria silenciosa"; e, como convém à classe média, a aparência é tudo; talento era o de menos. Ao lado de, bem, cantores como Fabian (nasc. 1943), e Annete Funicello (nasc. 1942), o high school teve artistas de algum talento como Connie Francis (nasc. 1938) e o grande "vilão" do gênero, Pat Boone (nasc. 1934), que até se redimiu de suas versões super-aguadas de "Tutti Frutti" de Little Richard e "Good Rockin' Tonight" de Roy Brown ao interpretar canções realmente pop, como "Bernardine" e "Love Letters In The Sand" (e nos EUA dos anos 60 ele só emplacou menos hits que Elvis e os Beatles!).




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terça-feira, 12 de junho de 2012

002-13 Reino Unido 01


Descobertos e colonizados pela velha Inglaterra, os EUA não poderiam deixar de ser influenciados por sua cultura, mesmo depois de independentes e com identidade e cultura próprias.

No início do século XX, terminada a era vitoriana, a Inglaterra era um país começando a descansar de sua antiga atividade e missão na vida de conquistar o mundo inteiro, porém sempre mantendo a fama de povo excêntrico, fleumático e ordeiro.

Afinal, já diz o provérbio, bastam dois ingleses para formarem uma fila. um paradoxo interessante é ser a Inglaterra um dos países que mais insistem em manter a distinção de classes sociais, mas nada impedir um cidadão inglês esforçado (ou não) de passar de uma classe social para outra. E, ao contrário dos jovens e moleques norte-americanos, a Inglaterra tem uma cultura milenar, além de ser democrática o bastante para que essa cultura possa fluir por todas as classes sociais. Músicos populares ingleses geralmente acabam tentados a "dignificar" sua obra, enquanto os eruditos não costumam se opor a autorizar ou mesmo fazer adaptações mais acessíveis de suas composições (além de buscarem inspiração na música popular). E nada impede que uma parte mostre seu "humour" inglês e parodie impiedosamente a outra, apesar da fama de nação mais polida do universo, sempre dizendo "sorry" e "oh-dear".

Mais para a metade do século XX, a Inglaterra ainda era a campeã da inovação (inclusive, os grandes musicais norte-americanos vinham de Londres até cerca de 1920, quando compositores ianques como George M. Cohan e Cole Porter aprenderam a técnica), mas economicamente, o país era apenas o "50º Estado norte-americano". Combalida pelas duas guerras mundiais - como, aliás, quase toda a Europa -, a Inglaterra acabou se beneficiando com o Plano Marshall americano de ajuda financeira. E, em função dessa debilidade econômica, o mundo só poderia vir a saber de suas inovações musicais se filtradas e divulgadas através dos poderosos EUA - o que, aliás, acontece até hoje.

Mas, artisticamente, os britânicos continuavam imbatíveis.

Muitas das canções de maior sucesso na primeira metade século eram de compositores ingleses, como "These Foolish Things",


"If I Had You"  (1929) Rudy Vallee,


 "Roses Of Picardy".


Não é por só disporem de uma única emissora de rádio e TV, ou por terem que esperar até 1952 para terem sua parada de sucessos, que os ingleses deixariam de influenciar os norte-americanos, ainda que sutilmente. Além dos ídolos de apelo exclusivamente doméstico, como o cantor e humorista George Formby (1904/1961) ("Our Sgt. Major" on his uke-banjo),


havia aqueles que conseguiam acontecer, ainda que pouco, nos EUA, como a cantora Gracie Fields (1898/1979), cujo hit "Sally" foi regravado por Paul McCartney em 1991,


e que emplacou "Now Is The Hour" nos primeiros lugares ianques em 1948,


e Vera Lynn (nasc. 1919), que chegou a cantar para animar as tropas durante a II Guerra e a ser a primeira cantora inglesa a chegar ao primeiro lugar nos EUA (com "Auf Wiedersahn, Sweetheart" em 1952)


 - mas "We'll Meet Again", um de seus grandes sucessos nos EUA e Inglaterra,


chegou a ser regravada já nos anos 60 pelos Byrds



 e Turtles, como uma homenagem meio gozativa à geração anterior.


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sábado, 28 de abril de 2012

002-12 Rhythm e Blues


É tão óbvio que a gente nem percebe: rhythm and blues é, numa palavra, o blues com a marcação do ritmo mais acentuada, tornando-o mais dançante. Para alguns, os spirituals do século XIX já eram o início do rhythm and blues (que daqui em diante abreviamos para r and b). De qualquer modo, o r and b só se firmou como tal nos anos 30, quando o blues finalmente se aclimatou na cidade grande, com o impulso de big bands como a de Duke Ellington e Count Basie. E, pelo que sabemos, o rótulo r and b, lançado pela Billboard em 1949, foi cortesia de seu crítico Jerry Wexler, mais tarde grande produtor de discos do gênero. Alguns dos primeiros grandes expoentes do r and b são Louis Jordan (1908/1975) - de quem Little Richard "tomou emprestada" a autoria de "Keep a-Knockin", -

 


 Bill Dogget (nasc.1916), Elmore James (1918/1963), Willie Dixon (1915/1992), Howlin' Wolf (1910/1976), Muddy Waters (1915/1983), Fats Domino (nasc. 1928), John Lee Hooker (nasc. 1917) e Big Joe Turner (1911/1985). Foi ouvindo Joe Turner (por sugestão do lojista de discos Leo Mintz)


 que o DJ Alan Freed se empolgou com o r and b a ponto de se decidir a trazê-lo para o grande público branco e até mudar-lhe o nome para rock and roll. Para Alan Freed, fazer sucesso com o r and b não foi tarefa das mais árduas, dado o apelo do r and b e já haver um mercado latente para ele entre os brancos - afinal, o cantor country Hank Williams, por exemplo, emplacara em 1950 seu hit "Moanin' The Blues"


(nada a ver, além do título e do gênero, com "Moanin' The Blues", composta e gravada por Victoria Spivey em 1929 -


por sinal, o solo de guitarra da gravação de Hank é parecido com o de "That's Alright Mama", primeira gravação oficial de Elvis, de 1954).

Enfim, o  r and b continua firme e influente até hoje, com B.B.King, Ruth Brown, Etta James, Johnny Otis, Allen Toussaint e outros ilustres. Pena que o espaço é curto, mas vamos lembrar somente mais dois nomes importantes do r and b - e um lembrará o outro. Ahmet Ertegun, compositor e fundador da gravadora Atlantic em 1947 (que revelou artistas os mais diversos como The Coasters, Led Zeppelin, Buffalo Springfield, Yes e Chic), disse a respeito de um compositor e diretor musical de muitos dos discos da Atlantic nos anos 50: "Jesse Stone fez mais para desenvolver o som básico do rock and roll que qualquer outra pessoa, embora você ouça falar muito em Bill Haley ou Elvis Presley. "De fato, Haley e Presley foram apenas dois artistas a fazerem "covers" de composições de Jesse ("Shake, Rattle And Roll" e "Down In The Alley", respectivamente), sem falarem "Money Honey", também gravada por Elvis


 e a inspiração mais que direta para "Be-Bop-A-Lula" de Gene Vincent.




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sábado, 21 de abril de 2012

002-11 Country 01


Iahú!   Todo país tem sua "country music", música do campo, interiorana, caipira mesmo, pouco letrada mas muito fluente, música tão popular que muitas vezes chega a ser confundida com folk-music. Só que, cá e lá, enquanto a folk music é mais sóbria e com uma "mensagem", o country não se envergonha de ser chorosa demais ou alegre demais, sentimental demais - ou seja, a um passo do "brega", quando não chega a dar esse passo (foi dito que o country bom é ótimo e o country ruim é ainda melhor), além de dar muito mais ênfase à parte instrumental que o folk.

Salvo engano, o primeiro disco de country é "The Little Old Log Cabin On The Lane", de 1924, com o violinista Fiddlin' John Carson (1868/1949),


quebrando o gelo da indústria cultural da época, que considerava os caipiras indignos de atenção - pois é, tal preconceito não é privilégio do Brasil nem de hoje. (Por sinal, a country music bateu recordes de vendas nos EUA em 1991). O termo "hillbilly", para designar os caipiras americanos, foi cortesia de Billy Peer, produtor que descobriu e gravou John Carson e montou um grupo a que chamou The Hill-Billies em 1925.


Bem, os caipiras foram abrindo caminho pela mídia, de modo que para resumir, ainda nos anos 20 não faltavam discos, bailes e programas radiofônicos country em todos os EUA - sem falar que o cinema falado mal nasceu e já foi invadido pelos primeiros "singing cowboys", como Roy Rogers (nasc. 1911),


Gene Autry (nasc. 1907)



e

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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

002-09 México 01


A música folclórica do vizinho México também contribui, e muito para o rock and roll. A figura mais importante foi o primeiro roqueiro "chicano" (norte-americano descendente de mexicanos), Richie Valens (nascido Richard Valenzuela, 1941/1959), cujos hits incluem uma versão rock de "La Bamba",



canção mexicana usada nos casamentos do estado de Veracruz há mais de 200 anos. "La Bamba" mereceria um livro só para ela; além de fazer sucesso cada vez que é regravada (Trini Lopez,



Los Lobos),


sua seqüência harmônica inspirou, direta ou indiretamente, uma infinidade de clássicos do rock, como "Twist And Shout" dos Isley Brothers,


"Piece Of My Heart" de Erma Franklin (irmã de Aretha)


e Janis (o autor é o mesmo, Bert Berns),


"Like A Rolling Stone" de Bob Dylan,


"And You And I" do Yes,


a parte do meio de "You've Lost That Lovin' Feelin'" dos Righteous Brothers,


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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Show Lollapaloosa


Show Lollapalooza

São Paulo, SP

Domingo - 31/03/2013, às 12h00

Informações: Jockey Club

Av. Lineu De Paula Machado, 599 - Morumbi.
Ingressos: Showcard
Preço: R$ 330
Classificação: 18 anos


São 60 atrações na edição 2013 do evento. No dia 31 apresentam-se Pearl Jam, Planet Hemp, Kaskade, The Hives, Kaiser Chiefs, Hot Chip, Foals, Major Lazer, Puscifer, Gui Boratto, Rusko, Lirinha, Eddie, Vanguart, Vivendo do Ócio, Mixhell, Wehbba, Wannabe Jalva, Baia, República e Database.

Fonte: G1

As 30 Tops da Billboard 01


TOP 30 "verão" MÚSICAS DE TODOS OS TEMPOS


O sol estava brilhando, as praias ficaram lotadas e os corpos ficaram bronzeados, que só pode significar uma coisa - Verão 2012 estava em pleno andamento. Para comemorar o a nossa estação favorita (pena que já acabou), temos vasculhado os arquivos da Billboard e atualização desta lista definitiva das canções mais populares sobre o verão já registrados.
 
30º
Surfin' Safari - The Beach Boys - 1962



29º
Summertime - Billy Stewart - 1966



28º
Wipeout - Fat Boys and the Beach Boys - 1987




27º
Cruel Summer - Bananarama - 1983




26º
Summertime Blues - Eddie Cochran - 1958



25º
A Summer Song - Chad and Jeremy - 1964


 
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Toque guitarra interativa


Google cria página permanente para guitarra interativa


Sucesso da guitarra fez o Google criar a página permanente

segunda-feira, 13 de junho de 2011
Fábio Mendes

A homenagem feita pelo Google na última quinta-feira ao 96º aniversário do guitarrista americano Les Paul – uma guitarra interativa na página inicial - fez um sucesso estrondoso e deixou órfãos em todo mundo no dia seguinte. Pois para saciar a vontade de dedilhar sua música preferida, a empresa norte-americana resolveu criar uma página permanente virtual.

Na página permanente, os internautas poderão tocar novamente suas músicas preferidas. A guitarra interativa é mais uma versão dos Doodles (adaptação do logotipo do Google), que a companhia sempre publica em datas comemorativas.

Homenageado da última quinta-feira, Les Paul foi um lendário guitarrista, que se notabilizou como instrumentista de música country, ainda aos 13 anos, e depois por produzir suas próprias guitarras. Ele morreu nos Estados Unidos em 2009, após complicações decorrentes de uma pneumonia.


Como tocar

Para tocar a guitarra, basta passar o ponteiro do mouse sobre as cordas. Outra maneira é utilizando o próprio teclado do computador, selecionando determinadas sequências de letras ou números, de acordo com a música. Seguem abaixo “partituras” para algumas canções. Procure também descobrir códigos para outras músicas.

Marcha Imperial (tema de Darth Vader em “Star Wars”)
EEE Q T E Q T E UUU I YR Q T E

“Oração” – A Banda Mais Bonita da Cidade
K P O I N I P O P O K N K P

“Satisfaction” – Rolling Stones
33-345-55-44-33-3

“Bad Romance” – Lady Gaga
56758 7876 56 777765

“Hey Jude” - Beatles
533562 2348875654 5666987865 1236554321 18765546 8684 86545 654321 18665

Fonte: Band


Segredos do Deep Purple


Segredos do Deep Purple agora revelados em DVD


Por Regis Tadeu

Deep Purple

Embora a maioria das pessoas considere a formação com o vocalista Ian Gillan e o baixista Roger Glover como "clássica" dentro da história do Deep Purple, o período posterior dentro dos anos 70, com a substituição de ambos por David Coverdale e Glenn Hughes, respectivamente, é constante e injustamente subestimada. E tal negligência é ainda maior quando se olha para o período em que o guitarrista Ritchie Blackmore se mandou do grupo para formar o Rainbow, quando foi então substituído pelo ótimo Tommy Bolin, ex-James Gang.

E é exatamente este último período — chamado pelos fãs por "MK IV" — que é retratado em minúcias no DVD Phoenix Rising, lançado recentemente no Brasil pela ST2.

São duas as principais guloseimas aqui. A primeira é o fatídico show que a banda fez no Japão em dezembro de 1975, que originou um disco gravado ao vivo no Budokan de Tokyo, Last Concert in Japan. Desta apresentação, até então inédita em filme, foram resgatadas cinco canções - "Burn", "Love Child", "Smoke on the Water", "You Keep on Moving" e "Highway Star" -, todas com imagens restauradas de maneira sublime e som espetacular. Até hoje este concerto trazia um grande mistério embutido: por que Bolin tocou tão mal naquela noite?

A inacreditável explicação — vou omitir isto para não estragar a surpresa de quem vai assistir ao DVD - está no segundo e principal "petisco", que é o documentário Gettin' Tighter, que traz uma série de revelações até então desconhecidas pela maioria das pessoas.

capa do DVD
Para começar, Hughes e o tecladista Lord contam porque resolveram chamar um então desconhecido Coverdale para ocupar o lugar do consagrado Gillan. O ex-baixista do Trapeze revela também como foi o processo para que fosse o escolhido para o lugar de Glover e como a sua veia mais "funky soul" mudou o som da banda, o que levou Blackmore a pular fora do barco, indignado com o redirecionamento sonoro do grupo.


Aliás, revelações é o que não faltam aqui. Hughes e Lord contam que Blackmore, já contagiado pela música barroca, decidiu sair da banda no meio das gravações do disco Stormbringer, mas ficou até o final da turnê por causa de contratos então assinados. O tecladista confessa candidamente que deveria ter saído com Blackmore, já que foi durante este período que a banda praticamente acabou, mas ninguém teve coragem de decretar oficialmente o seu fim, e deixa muito claro que o álbum Come Taste the Band, o único gravado com Bolin, nunca foi realmente um "disco do Deep Purple", embora ainda hoje soe de maneira brilhante para este que vos escreve.
 
Um dos trechos mais inacreditáveis do documentário é o momento em que Hughes e Lord recordam o pesadelo que foram os shows em Jacarta, na Indonésia, quando um dos roadies da banda foi simplesmente assassinado em circunstâncias nunca totalmente esclarecidas. Sem falar que o grupo foi — literalmente - roubado em quase um milhão de dólares. É um retrato fidedigno de um lado escuro do show business que muita gente desconhece, uma história de embrulhar o estômago...
 
O único pecado deste DVD é não trazer qualquer informação a respeito da morte de Bolin, vitimado por uma overdose de heroína. Tirando esta imperdoável omissão, é um daqueles lançamentos imperdíveis...
 
Vídeos do DVD:
 
 
 
Fonte: OMG do Yahoo